O porto de Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina, teve grandes prejuízos no ano passado. As fortes chuvas de outubro provocaram cheias no Vale do Itajaí. O resultado foi a perda de profundidade na foz, que ainda reflete nas operações. Desde outubro, o calado passou de 13 para 10 metros, navios grandes não conseguem atracar.
Em consequência do assoreamento houve sucessivos fechamentos, que impediram a entrada e a saída de navios por 45 dias. A queda na movimentação de contêineres em relação a 2014, quando o porto de Itajaí era considerado o segundo maior, foi de 9%.
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Para reequilibrar a balança financeira será feita dragagem de aprofundamento de 14 metros do canal. O valor gira em torno de R$ 67 milhões. A licitação ainda não saiu do papel. Próximas da conclusão estão as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4, executadas pela empresa Serveng/Civilsan. O investimento custou R$ 135 milhões Ambos os projetos serão pagos com recursos da União.
Essas obras devem estimular um crescimento de 9%, com arrecadação proporcional.
"É fundamental destacar que, mais que aumentar a movimentação de cargas, essas obras são extremamente necessárias para nos manter no mercado, uma vez que os navios estão crescendo e caso não tenhamos novos acessos aquaviários, adequando-o aos novos navios que operarão na costa brasileira, teremos sérias restrições operacionais", disse o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior.
Outras obras previstas têm como objetivo criar uma nova fase de evolução. A primeira etapa, com recursos de aproximadamente R$ 105 milhões, do Governo do Estado, teve sua ordem de início no dia 21. A empresa vencedora da licitação foi a Triunfo. A segunda etapa custará R$ 200 milhões. O valor está sendo negociado com a União.
" A navegação mundial está operando com navios maiores, é uma realidade que se impõe em razão da eficiência e da competitividade. Os porto precisa evoluir também para absorver essas embarcações, sob pena da economia da região e do Estado enfraquecerem", diz o governador de SC, Raimundo Colombo (PSD).
Já o complexo de Rio Grande (RS), investe para se tornar o porto de referência da Argentina, Uruguai e Paraguai. Serão executadas obras no valor de
R$ 468 milhões, liberados pelo Governo Federal.
Em andamento está a revitalização do cais do Porto Novo, construído há cem anos. Uma primeira etapa de 450 metros já foi concluída.
Fonte: Valor Econômico/Aline Torres | De Porto Alegre