Kepler Weber registra queda na receita, mas avança em segmentos estratégicos

A Kepler Weber reportou receita líquida de R$ 357,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 6,1% em relação aos R$ 380,3 milhões registrados no trimestre anterior. Em comparação ao mesmo período de 2024, houve crescimento nos segmentos de Reposição e Serviços, com alta de 28%, e em Negócios Internacionais, que avançou 5,6%. Segundo a empresa, o recuo trimestral é atribuído a fatores externos, como juros elevados, restrição de crédito e queda na renda do produtor, influenciada pelos preços das commodities.

Apesar do cenário desafiador, a companhia destacou aumento no volume e na diversidade de clientes, o que contribuiu para a sustentação da competitividade. O lucro líquido no trimestre foi de R$ 25,6 milhões, frente aos R$ 52,2 milhões do trimestre anterior, e a margem Ebitda caiu de 17,8% para 14,8%. A Kepler anunciou ainda a realização do maior negócio dos últimos cinco anos, com uma venda para o setor de biocombustíveis, alinhada à sua estratégia de diferenciação, eficiência e proximidade com o cliente.


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Para o segundo trimestre, a expectativa é de margens ainda pressionadas, mas a empresa mantém projeção positiva para a segunda metade do ano, apoiada por uma safra recorde, melhora na renda do produtor e maior diluição de custos fixos com o aumento da execução de projetos.

Durante a divulgação de resultados, a Kepler anunciou uma parceria entre a Procer e a XP para oferecer soluções financeiras aos 1,5 mil clientes da plataforma. A iniciativa inclui gestão de caixa, proteção de margens, hedge, investimentos, câmbio, antecipação de recebíveis, revisão tributária, seguros, entre outros serviços. Em 2024, a Procer monitorou cerca de 60 milhões de toneladas de grãos, movimentando mais de R$ 120 bilhões.

O segmento de Reposição e Serviços encerrou o trimestre com receita de R$ 73,1 milhões, aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho está alinhado à estratégia da empresa de aumentar a participação do segmento na receita total, com maior recorrência e rentabilidade. Houve também aumento de 10% no volume de negócios e expansão da base de clientes. A atuação internacional contribuiu, com destaque para a América Latina e crescimento de 12% na receita de centros de distribuição, além da continuidade nas vendas de Seletron e Biocav.

Já os Negócios Internacionais atingiram R$ 41 milhões em receita, crescimento de 5,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa atua em 53 países e destacou presença forte na América do Sul, especialmente Uruguai e Colômbia, além de avanço em Angola. Foram fechados R$ 25,9 milhões em novos negócios com clientes da Bolívia, Paraguai e Uruguai.

O segmento de Fazendas manteve estabilidade com R$ 131,7 milhões em receita líquida, desempenho considerado sólido diante do contexto macroeconômico. O número de clientes aumentou 18% no trimestre, impulsionado pela ampliação da cobertura de mercado e capilaridade comercial. A empresa fechou seis novos negócios em estados como Bahia, Mato Grosso, Goiás e São Paulo, somando R$ 33,6 milhões que devem impactar os resultados do segundo semestre.

Em Agroindústrias, a receita líquida foi de R$ 100,8 milhões, redução de 4,9% frente aos R$ 106 milhões do mesmo período do ano anterior. A demanda por ampliação da capacidade de armazenagem sustentou o desempenho, enquanto o ambiente econômico pressionou a rentabilidade. Foram fechados R$ 23,7 milhões em novos negócios que devem refletir nos próximos trimestres.

Portos e Terminais, segmento de projetos de grande porte, encerrou o trimestre com receita de R$ 10,6 milhões, queda em relação aos R$ 46,6 milhões do primeiro trimestre de 2024 e 11,4% inferior ao trimestre anterior. Apesar disso, a rentabilidade foi mantida, e o volume de clientes atendidos permaneceu estável.






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