A Maersk Line anunciou nesta semana a unificação de suas operações na costa leste da América do Sul, consolidando uma equipe de gestão para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em comunicado, a companhia justifica a reorganização como uma maneira de “permanecer competitivo para os clientes em um mercado desafiador”, que enfrenta “as mais baixas tarifas de frete registradas na história” para a região.
Com a mudança, o panamenho Antonio Dominguez assume como diretor superintendente do novo cluster.
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“Nosso desafio é cortar custos sem reduzir nossa capacidade e isso só é possível trazendo mais eficiência para os clientes”, disse o executivo em nota.
Anteriormente, Dominguez era diretor comercial para clientes-chave e diretor de Atendimento a Clientes. Ele substitui Peter Grangaard Gyde, agora diretor executivo comercial para linha de navegação europeia Seago Line.
Uma das medidas adotadas para lidar com o ambiente desafiador é a substituição de um dos serviços da Maersk Line na região pela compra de espaço em embarcações de outros armadores, o que permitirá à empresa manter a capacidade para os clientes.
Outra mudança na equipe foi a chegada do colombiano Nestor Amador como diretor comercial, no lugar de Mario Veraldo, que passou a diretor superintendente para a Maersk Line no México. Completa o time gerencial o brasileiro João Momesso, que assumiu a função de diretor de Trade e Marketing, após passagem pela Mercosul Line (companhia de navegação controlada pela armadora).</CW>
A fraca demanda global e as baixas tarifas praticadas levaram a Maersk Line a registrar uma receita de US$ 23,7 bilhões no ano passado, 13% menor do que em 2014 (US$ 27,4 bilhões). A média das tarifas cobradas pela Maersk Line caiu 16% na comparação com o ano anterior. Somente no quarto trimestre, o decréscimo foi de 25% se comparado ao mesmo período de 2014.
A América Latina representou cerca de 12% do volume global da companhia em 2015. A empresa sinalizou que a recessão no Brasil e as restrições monetárias na Argentina e na Venezuela, que impactaram as importações, afetaram o desempenho na região. As taxas de frete na rota da Ásia para a Costa Leste da América do Sul declinaram 90%.
Para este ano, a Maersk Line mantém a expectativa de que o mercado de transporte de contêineres se manterá desaquecido, mas com taxas sob pressão devido à supercapacidade. A companhia espera que a demanda para o transporte de contêineres aumente de 1% a 3% globalmente neste ano.
Fonte: A Tribuna online\DA ESTADÃO CONTEÚDO