O Porto de Gotemburgo confirmou a sua aposta no GNL, ao avançar para a construção de instalações dedicadas à nova alternativa energética que deverá ganhar preponderância no ‘shipping‘ a partir de 2020, devido aos novos limites de dióxido de enxofre presente nos combustíveis convencionais. A construção das novas instalações é vista como uma oportunidade para os navios alimentados a GNL, afirmou a autoridade portuária sueca.
As instalações deverão estar prontas já durante 2018, e, como adiantou o Porto de Gotemburgo, serão escaláveis e adaptáveis às necessidades dos navios que escalam o porto sueco. O GNL chegará às instalações por reboque ou em contentores, e será distribuído através de uma tubulação criogénica isolada (a vácuo) de 450 metros até o cais. A instalação marca o primeiro passo na elaboração de uma solução ampla para a infra-estrutura de GNL em Gotemburgo, com potencial de conexão à rede de transmissão de gás.
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"Tal como o caso da rede de transmissão de gás, em que tanto o gás natural como o biogás podem ser transportados, a nova instalação será flexível e também poderá ser usada para o armazenamento e transporte de gás renovável", disse Johan Zettergren, chefe executivo da Swedegas. "Os clientes com acesso à rede de transmissão já podem escolher o biogás, e isso é algo que procuramos estender ao sector de transporte como próximo passo na transição para alternativas ambientalmente corretas", acrescentou.
O projeto foi considerado, pela União Europeia (UE), como sendo de interesse comum (projecto PCI ou ‘Project of Common Interest‘), o que significa que se trata de um projeto de infraestrutura prioritário no contexto comunitário. A UE, através do INEA (Agência de Execução de Inovação e Redes), confirmou também que foram implementadas medidas de apoio para garantir o cumprimento do projecto de Gotemburgo. Recorde-se que o primeiro ‘bunkering‘ de GNL ocorreu no Porto de Gotemburgo, em 2016.
Atualmente, a empresa Skangas fornece GNL a embarcações, utilizando um sistema de abastecimento ‘ship-to-ship‘ no Porto de Gotemburgo, juntando-se à Swedegas, que possui e administra a rede sueca de transmissão de gás e planeja expandir a quantidade de opções de GNL no porto através da construção de instalações que assegurem o abastecimento rápido e seguro de GNL enquanto os navios carregam e descarregam no porto.
Fonte: Revista Cargo (Portugal)