Proteção de pilares para permitir o acesso de navios ao porto de Natal custará R$ 32 mi

O governo do Estado vai tentar com a bancada federal uma emenda no Orçamento Geral da União (OGU), o que só será possível em 2012, para destinar recursos à construção das chamadas “defensas”, espécie de protetores para os dois pilares centrais da ponte Forte-Redinha, com a finalidade de prevenir ou evitar eventuais acidentes com navios que adentrem ao cais do porto de Natal.

A falta dessas “defensas” é uma preocupação da Capitania dos Portos, que em 31 de março deste ano encaminhou ofício à Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN) dando conta dda seriedade do problema e apontando a necessidade da construção dos equipamentos de proteção dos pilares do  vão  central da ponte Newton Navarro.

No entanto, o capitão dos portos Alan Kardec Mota explicou que em virtude da dragagem do canal de navegação do rio Potengi, não adiantava construir as “defensas” sem haver a conclusão desse trabalho, “porque as proteções teriam depois de ser removidas e recolocadas”.

O comandante Alan Kardec disse que “realmente isso traz  preocupação”, mas ele garantiu que todas as providências técnicas, inclusive com os práticos, foram tomadas para permitir o acesso de  navios ao porto de Natal.

Já o diretor Técnico-Comercial da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Hanna Yousef Emile Safieh, confirmou que também tomou a mesma providência e há duas semanas enviou ofício à SIN. Mas, acrescentou ele, depois que o diretor-presidente da Codern, Emerson Fernandes Daniel Júnior voltar de Maceió (AL), será elaborada uma carta conjunta com a Capitania dos Portos para comunicar oficialmente ao governo, que dentro de 15 dias será concluída a dragagem do leito do rio Potengi.

Acordo

Hanna Safief confirmou que há dois anos a Capitania dos Portos concordou com a não colocação dos protetores naquela época, “pelo fato de que a Codern iria fazer a dragagem do canal do Potengi”. Ele explica que o trabalho de dragagem “já está no finalzinho”, faltando apenas terminar a derrocagem das Pedras da Baixinha e da Bicuda, que ficam na entrada do estuário do Potengi.

Safieh conta que apesar das “defensas” ainda não terem sido construídas, nenhum acidente ocorreu desde a inauguração da ponte Forte-Redinha, ocorrida em 20 de novembro de 2007. “Ninguém cometeu infração até agora”, disse ele.

Segundo Safieh, atualmente o canal do rio Potengi permite a entrada de navios com até 205 metros de comprimento. Com o fim da dragagem, navios maiores poderão adentrar no porto. “Na verdade não é a tonelagem que conta, o que conta são parâmetros como o calado, que significa a lâmina de água necessária para esse navio”.

Também conta para isso, segundo Safier, o comprimento e a boca (largura) do navio e ainda o seu calado aéreo, que é a altura a partir do nível d’água até em cima do navio. “O nosso canal tem  120  metros de largura e pode, com toda segurança, receber navios de 40 metros”, afirmou ele, Já o o calado do porto, que era de dez metros, vai passar para 12,5 metros.

A secretária estadual de Infraestrutura, Kátia Cardoso Pinto, informou já ter conversado com os técnicos da SIN, o qual informaram que a construção das “defensas” tem um custo estimado de R$ 32 milhões, dinheiro que não está previsto no Orçamento Geral do Estado (OGE) deste ano. “O Estado não dispõe desse montante para esse investimento”, afirmou ela, que já teve uma conversa com o secretário estadual do Planejamento e das Finanças, Francisco Obery Rodrigues Júnior, a respeito dessa questão.

Kátia Pinto também informou que “estava se inteirando” do processo e do projeto técnico da construção das “defensas” para, então, comunicar à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), assim que esta voltar de Brasília, sobre o encaminhamento que está sendo dados sobre o assunto.

O atual presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RN), Adalberto Carvalho, defendia, em 2007, quando era secretario de Infraestrutura, a colocação de proteção de borrachas e aços especiais flutuantes” para reduzir o impacto caso um navio colida. “Os dolfins são onerosos e não são eficazes”, dizia ele.

Fonte: Tribuna do Norte (RN)/Natal/Valdir Julião

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