Rumo Logística: Conselho aprova oferta primária de no mínimo R$ 2 bi

SÃO PAULO - O conselho de administração da Rumo Logística Operadora Multimodal autorizou a empresa a contratar instituições financeiras para estruturar parte de suas dívidas e realizar uma oferta restrita de distribuição primária de até 1,5 bilhão de ações ordinárias, observado o montante mínimo para homologação de R$ 2 bilhões. A reunião do colegiado ocorreu nesta segunda-feira.

Os recursos obtidos com a oferta serão destinados ao reforço de caixa da Rumo e para o financiamento do plano de negócios.


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Segundo fato relevante entregue pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço por ação na oferta será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, o chamado “bookbuilding”. De acordo com o cronograma divulgado pela companhia, a previsão é que essa etapa seja concluída em 7 de abril, quando então o valor será divulgado.

A Rumo também pondera que o montante total da oferta poderá ser superior ao volume mínimo em virtude da demanda de mercado, a ser apurada por meio do procedimento de bookbuilding, mas desde que seja respeitada a quantidade máxima de 1,5 bilhão de ações. Se não houver demanda para a subscrição do valor mínimo da oferta por parte dos acionistas e dos investidores institucionais até a conclusão do procedimento de bookbuilding, a operação será cancelada, diz o aviso ao mercado.

Ainda de acordo com o documento, a Cosan Logística, a Eminence Capital e Julia Dora Antonia Koranyi Arduini, acionistas da Rumo Logística, manifestaram seu interesse em subscrever e integralizar ações equivalentes a um investimento de, no mínimo, R$ 1,090 bilhão na oferta. Desse valor, R$ 750 milhões correspondem à subscrição pela Cosan sem qualquer condicionante, enquanto pelo menos R$ 100 milhões serão subscritos por Julia Arduini, desde que a parte da Cosan seja cumprida. A Eminence, por sua vez, manifestou interesse em subscrever ações que representem ao menos 12% da oferta restrita, correspondente a R$ 240 milhões se considerado o valor mínimo da operação.

O cronograma que acompanha o fato relevante também detalha outras etapas do processo, como o período de subscrição prioritária — que terá início na quarta-feira (30) e termina em 5 de abril.

As negociações, na BM&FBovespa, das ações objeto da oferta terão início em 8 de abril, após a fixação e divulgação do preço por papel. A liquidação física e financeira das ações está prevista para 13 de abril. A Rumo destaca que essas datas são “meramente indicativas” e estão sujeitas a alterações.

A oferta terá esforços restritos de colocação no Brasil e será coordenada pelos bancos Santander, Bradesco BBI, HSBC Bank Brasil – Banco Múltiplo, Itaú BBA, BB-Banco de Investimento e Citigroup Global Markets Brasil.

Também serão feitos esforços de colocação das ações no exterior pelo Santander Investment Securities, Bradesco Securities, HSBC Securities, Itaú BBA USA Securities, Banco do Brasil Securities e Citigroup Global Markets.

Dívida com bancos

A Rumo também divulgou em fato relevante que celebrou com os bancos Bradesco BBI, Itaú BBA, Santander, BB - Banco de Investimento e HSBC Bank Brasil acordo de mudança no perfil de parte das dívidas da companhia, e de suas controladas, com vencimentos em 2016, 2017 e 2018.

As obrigações negociadas serão liquidadas antecipadamente com recursos originados de até duas emissões de debêntures simples (não conversíveis em ações), no valor de R$ 2,37 bilhões, que serão distribuídas no país com esforços restritos de colocação.

A proposta prevê que as debêntures terão prazo de vencimento de sete anos, contados a partir da data de emissão, com amortização em oito parcelas iguais, com pagamento da primeira parcela de principal no 42º mês contado da data de emissão. Não haverá carência para pagamento de juros, segundo a companhia.

“A distribuição pública das debêntures e a garantia firme de colocação estão sujeitas a determinadas condições precedentes usualmente estabelecidas em operações de mercado de capitais”, informou o comunicado da Rumo Logística.

Fonte: Valor Econômico/Por Juliana Machado e Rodrigo Rocha






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