A Santos Brasil alcançou uma redução de 63% no envio de resíduos para aterros sanitários em cerca de um ano desde o lançamento oficial do Projeto Aterro Zero, antecipando em dois anos a meta inicialmente prevista para 2026. A iniciativa, lançada em 2024, integra o compromisso da companhia com o Pacto Global da ONU e tem como meta zerar totalmente esse tipo de destinação até 2028. O projeto atua em quatro frentes principais: tratamento de resíduos orgânicos com biodigestores, reaproveitamento energético com CDRU, reciclagem e logística reversa, e a campanha “Chega de Plástico!”. Os biodigestores transformam resíduos orgânicos dos refeitórios em água cinza, tratada nas estações de efluentes para reuso. Já o uso de CDRU permite o reaproveitamento energético de resíduos não recicláveis em fornos industriais. A logística reversa destina corretamente materiais como óleo, pneus e baterias, enquanto uniformes, papel, plástico e madeira são reciclados. A campanha contra o plástico estimula o uso de materiais reutilizáveis e biodegradáveis.
Entre os resultados, destacam-se 187 toneladas de resíduos orgânicos desviados de aterros entre 2021 e 2024, 297,26 toneladas de CO₂ equivalente evitadas, uma economia de R$ 518 mil em transporte e destinação frente a um investimento de R$ 329 mil, e 62% dos resíduos sendo reciclados ou enviados à logística reversa. O sucesso do projeto é atribuído ao engajamento da liderança e dos funcionários, fortalecidos por ações como a SIPATMA e campanhas ambientais. Para Béatrice de Toledo Dupuy, gerente executiva de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade, a gestão de resíduos é uma urgência global e o projeto mostra como é possível aliar inovação, responsabilidade ambiental e eficiência operacional.
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O Projeto Aterro Zero integra o Plano de Transição Climática da Santos Brasil, que visa atingir a neutralidade de carbono até 2040. O plano inclui também otimização do consumo, mudança da matriz energética, uso de energia renovável, eficiência hídrica e adaptação climática. No Tecon Santos, maior terminal de contêineres da América do Sul, a empresa já opera com guindastes elétricos remotos e caminhões a Gás Natural Comprimido, com 20% menos emissões que os movidos a diesel.