Os serviços de remoção e limpeza do vazamento de óleo combustível (bunker), ocorrido no dia 5 de uma embarcação graneleira de bandeira filipina, continuam no local do acidente. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quase três mil litros do produto vazaram do navio "Golden Trader II", atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Mesmo com a contenção do óleo vazado, muitas manchas acabaram se deslocando do local, mas conseguiram ser recolhidas. Agora, o foco nos serviços está nos diversos pontos de contaminação nos cais dos terminais e nos cascos dos navios. Os trabalhos de resposta e limpeza estão sendo acompanhados por representantes do ITOPF (International Tank Owners Pollution Federation) e liderados pela empresa Ocean Safer Ambiental, especializada no combate a emergências e prevenção ambiental. A empresa iniciou os serviços no local após ser acionada pelo armador do navio. Desde então, atua com uma equipe formada por aproximadamente 36 profissionais
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Nos últimos dias, a Ocean Safer trabalha em três frentes distintas. A primeira na limpeza do local compreendido entre o cais e o casco do navio na contenção do óleo que deságua das galerias, por meio de material absorvente e limpeza manual. A segunda frente ocorre no Armazém 37 com o jateamento de baixa pressão do costado do píer, que também foi atingido com o vazamento de óleo. Já a terceira frente atua na outra margem do cais santista, no terminal da empresa Santos Brasil, onde dois navios atracados e operados pela empresa Aliança acabaram sendo atingidos pelo óleo.
Segundo o gerente de Operações da Ocean Safer, Egon Luz, o trabalho mais desafiador diz respeito à limpeza das defensas do costado do cais, realizado manualmente com materiais específicos e mantas absorventes, visando deixar o local totalmente isento do óleo derramado.
“No primeiro momento nosso trabalho consistiu na instalação de barreiras para conter o vazamento, visando a preservação do local. Desde então, trabalhamos para realizar uma limpeza completa em todas as áreas afetadas, com o objetivo de deixar o local sem nenhum vestígio de vazamento. Para isso, projetamos que os serviços continuem por mais uns sete dias”, explica Egon.
Além do contingente de profissionais, os serviços contam com o auxílio de três embarcações de médio porte e quatro lanchas rápidas, que atuam no combate de manchas de óleo, na limpeza dos cais e dos navios, além do deslocamento do pessoal durante os trabalhos.