A Suzano arrematou uma área de 53.545 m² no Porto de Itaqui (MA) destinada à movimentação e armazenagem de carga geral, em especial papel e celulose. A vencedora ofereceu um valor de outorga de R$ 100 mil pela área, denominada IQI18. O leilão foi realizado nesta sexta-feira (27), na B3, em São Paulo. O prazo do arrendamento é de 25 anos e o valor global estimado do contrato alcança R$ 1,617 bilhão. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o valor do arrendamento fixo/mensal é de R$ 48.520,00. Já o valor do arrendamento variável é de R$ 1,18/tonelada. Os investimentos previstos serão de R$ 214,8 milhões. 

Na área licitada, não há infraestrutura preexistente. A arrendatária deverá implantar instalações de armazenagem de celulose, desenvolver os acessos ferroviário e rodoviário às suas instalações, a partir da malha existente que chega ao porto. Além disso, terá que construir um novo berço de atracação (número 99), ao sul do atual berço 100. Estima-se que a capacidade máxima de movimentação pelo terminal alcance 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.

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As demais áreas que estiveram no certame de hoje, ambas no porto organizado de Paranaguá (PR), não receberam propostas. A área PAR01 é dedicada à movimentação e armazenagem  de carga geral, especialmente papel e celulose, enquanto a área PAR12 é dedicada a cargas Roll-On/Roll-Off, como: automóveis de passeio, veículos comerciais leves, utilitários, caminhões, ônibus, tratores e outras cargas rodantes.

O diretor-geral da Antaq, Mário Povia, Povia destacou que existem mais empreendimentos do setor portuário em fase de leilão, audiências públicas e estudos. “Iremos licitar ainda uma centena de áreas e prover infraestrutura”, disse Povia. Ele acrescentou que não é apenas com leilões que se desenvolve a infraestrutura portuária, mas também com autorizações de terminais de uso privado (TUPs), prorrogações antecipadas de contratos de arrendamento, entre outras ações.

Para o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, esse arrendamento em Itaqui permitirá que o porto esteja mais preparado para um eventual aumento na movimentação de celulose. Já o gerente de portos organizados da agência, Renato Borges, ressaltou a melhoria da logística para o escoamento de celulose vinda de Imperatriz (MA). “O arrendamento trará mais receitas para o Porto do Itaqui, permitindo mais investimentos para a melhoria de sua infraestrutura”, disse.

Por Danilo Oliveira
(Da Redação)