O envolvimento da comunidade portuária e dos municípios na elaboração do Plano Mestre do Porto de Santos foi recomendado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após analisar a proposta do estudo. A avaliação foi concluída em oito meses e levou em consideração práticas adotadas em grandes portos internacionais, como Roterdã, na Holanda, Southampton, na Inglaterra, Los Angeles, nos Estados Unidos, e Dublin, na Irlanda.
“Em qualquer porto do mundo, a relação Porto-Cidade é tratada de forma estratégica. E o que nós constatamos é que, no processo que estava sendo feito, essa relação tinha sido renegada para um segundo momento, que seria o PDZ (Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto)”, destacou o auditor de controle externo do TCU Alessandro Filadelpho Belo.
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Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Gilberto Benzi, algumas questões da Margem Esquerda do Porto (onde está Guarujá) precisam ser avaliadas no plano mestre.
“Hoje o maior ônus, além da parte da poluição, é o acesso ao Porto. Nós não temos um acesso exclusivo. Ele atravessa um bairro populoso, causa transtorno para a cidade. Existe um projeto parado, que é a Avenida Perimetral. A primeira fase foi realizada, mas por si só não tem sentido para a cidade. Ela só vai ser contemplada quando a fase 2 for concluída, com a ponte, o elevado, um acesso totalmente dedicado ao Porto, sem nenhuma interferência com o viário municipal”, destacou.
Para o secretário de Assuntos Portuários, Indústria e Comércio de Santos, Omar Silva Júnior, além dos problemas de fluxo de veículos e da falta de locais para estacionamento de caminhões no município, há o problema da qualificação de mão de obra.
“Temos um contingente muito grande de pessoas que dependem do Porto e sem qualificação. À medida em que a tecnologia vem chegando, vai avançando, é necessária a qualificação. A gente vai ter um risco muito grande nessa área de emprego”, destacou o secretário.
Fonte: A Tribuna