A Triunfo Participações e Investimentos (TPI) espera poder repetir “num futuro próximo” a parceria com a Terminal Investment Limited (TIL), disse Pedro Andrade, da equipe de relações com investidores da empresa, durante teleconferência da resultados do terceiro trimestre. Em 26 de outubro, a TPI concluiu a venda de 100% de sua fatia no terminal portuário Portonave, em Santa Catarina, para a sócia TIL.
O valor referente à parcela de fechamento da aquisição da participação foi de R$ 1,3 bilhão. O montante total da operação permanece sujeito aos ajustes futuros usuais nesse tipo de operação.
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Com isso, a companhia resgatou a totalidade da 1ª série da primeira emissão de debêntures conversíveis em ações da sua controlada Vênus Participações e Investimentos. As ações da Portonave e os direitos creditórios de sua alienação estavam alienados fiduciariamente em garantia das debêntures. O total pago pelo resgate foi de R$ 762,1 milhões, com o dinheiro da Portonave.
Baixa contábil
Uma baixa contábil de R$ 292,2 milhões foi a principal responsável pelo significativo aumento do prejuízo da Triunfo Investimentos e Participações no terceiro trimestre.
No período de julho a setembro, o prejuízo líquido da companhia foi de R$ 254,9 milhões, 4,6 vezes superior à perda de R$ 55,4 milhões apurada em igual intervalo de 2016.
Parte do efeito veio da linha de despesas operacionais não recorrentes, que atingiram R$ 323,4 milhões no período, com destaque para a baixa de R$ 292,2 milhões relacionada ao encerramento das atividades e extinção das controladas Maestra, NTL e Vessel, realizado em de agosto.
Já a despesa financeira líquida do período teve redução de 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 95,2 milhões.
“Também contribuiu para este efeito, o menor endividamento no porto e nas rodovias, redução de 43,4% e 16%, respectivamente, no resultado financeiro”, afirmou a companhia em seu balanço.
Fonte: Valor