O ex-ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB-PA), recorreu ao ministro de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB-RJ), na tentativa de barrar as condições de prorrogação da concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), de titularidade da Vale.
Barbalho integra um grupo de políticos contrários ao uso das contrapartidas de investimentos fora da região de influência direta das ferrovias, cujos contratos serão renovados.
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No caso da ferrovia Carajás, os recursos serão destinados à construção de trecho da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), fora do Estado do Pará.
Se confirmado o anúncio do governo, a Fico contará com mais 383 quilômetros de malha construída pela Vale, com investimento da ordem de R$ 4 bilhões.
A mesma resistência é oferecida por políticos do Estado do Espírito Santo, pois trecho da Fico também será construído com recursos do novo prazo de concessão da linha de ferro Vitória-Minas, outra ferrovia da Vale.
Moreira, além de manter uma relação próxima com o presidente Michel Temer, comandava o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) antes de assumir a Pasta de Minas e Energia.
Por meio do programa de investimentos, a prorrogação da Estrada de Ferro Carajás e da linha Vitória Minas foi formalizada no início deste mês.
O ex-ministro da Integração Nacional, que deixou a Pasta em abril para disputar as eleições em outubro, chegou para reunião, na sede do Ministério de Minas e Energia, acompanhado pelo presidente Federação da Agricultura do Estado Pará, Carlos Xavier, e pelo presidente Federação do Comércio do Pará, Sebastião Campos. A informação consta na agenda de compromissos de Moreira.
Os secretários do PPI Tarcísio de Freitas e Adalberto Vasconcelos também foram convocados para o encontro realizado na manhã de hoje.
A EFC liga a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás (PA), ao Porto de Ponta da Madeira (MA). Por ano, são transportados 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros por ano.
Fonte: Valor