Vazamento de amônia obriga moradores a deixarem suas casas no Guarujá

Um vazamento de amônia ocorrido por volta das 11h30 deste domingo (26), na empresa Sucocítrico Cutrale, localizada em Vicente de Carvalho, em Guarujá, assustou dezenas de moradores que residem no Sítio Conceiçãozinha, comunidade próxima ao local. Rapidamente as reclamações chegaram à autoridades, que se deslocaram ao local, mas o vazamento já havia sido controlado pela empresa, segundo a Defesa Civil.

Segundo informações apuradas pela Reportagem, o vazamento teria ocorrido durante serviço de manutenção na linha de transmissão do produto. Além das ligações de moradores, a própria empresa entrou em contato com o Corpo de Bombeiros informando sobre o ocorrido e avisando que já havia sanado o problema. No entanto, ao chegarem no local, verificou-se que o vazamento não havia sido algo comum ou rotineiro, conforme alegado.


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Além dos Bombeiros, também foram acionadas a Defesa Civil de Santos e de Guarujá, a Secretaria de Meio Ambiente de Guarujá, a Cetesb, a Guarda Portuária e a Codesp. Segundo a Defesa Civil de Guarujá, devido ao odor forte, muitas famílias na comunidade tiveram que deixar suas casas, retornando somente após as 13h30.

Moradora relata ter passado mal após vazamento de produto químico (Foto: Luigi Bongiovanni/AT)

Moradora da Travessa Pedro Bento da Costa, nas proximidades da Cutrale, a aposentada Elza Maria Ribeira da Silva, de 59 anos, conta que sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Assim que notou um cheiro forte na porta de casa, às 11h30, sentiu falta de ar e correu para dentro da residência, atrás do balão de oxigênio que possui por causa da DPOC.

"Foi um susto muito grande. Tive, também, que usar minha bombinha. Coloquei uma toalha molhada na janela e outra em meu rosto, após inalar o oxigênio. É a segunda vez que sinto esse cheiro forte em pouco mais de um ano. Em 2016, foi de madrugada. Se eu pudesse, sairia do Sítio Conceicãozinha. Mas não posso".

Procurada, a Cetesb informou que reunirá seus técnicos nesta segunda-feira (27) para avaliar os impactos ambientais causados pelo acidente. Já a Secretaria de Meio Ambiente de Guarujá informou que também nesta segunda, avaliará se a ocorrência é passível de multa, e nesse caso, qual será seu valor. A Reportagem não conseguiu contatar a empresa para comentar o acidente. 

Outros acidentes

Este é o quarto vazamento de amônia registrado na região em cerca de cinco meses e o segundo envolvendo a Sucocítrico Cutrale. O episódio mais recente ocorreu no último dia 29 de setembro e foi registrado no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), unidade da operadora logística VLI no Porto de Santos, que está localizado na Área Continental da Cidade. Após a ocorrência, a empresa foi multada em R$ 750 mil. 

Na ocasião, o vazamento ocorreu após ruptura da denominada linha "quente", pertencente ao sistema de descarregamento de navio para a armazenagem no terminal, atingindo não apenas as instalações da empresa, mas também o entorno da companhia. 

Também em setembro, no dia 18, um vazamento havia sido registrado na empresa Citrosuco, que opera no armazém 29 do cais. O incidente deixou duas pessoas feridas. Elas sofreram uma queda com trauma, além de distúrbio respiratório com irritação nos olhos. 

Os dois funcionários terceirizados faziam a manutenção de dutos quando ocorreu o rompimento de uma tubulação e de uma válvula de segurança, que causou a liberação do gás de amônia na atmosfera. 

Em 9 de junho, uma falha no equipamento que mede a pressão no sistema de refrigeração dos tambores de sucos de laranja causou um vazamento de amônia na retroárea do Porto de Santos. O incidente aconteceu no terminal da Sucocítrico Cutrale, no bairro do Macuco, e fez com que pelo menos cinco pessoas buscassem atendimento médico. Na ocasião, dois mil litros de amônia estavam armazenados no local. 

Amônia 

A amônia é um produto básico na indústria química e tem aplicações domésticas e industriais. Ela é asfixiante. Caso seja inalada, por causar tosse, chiado no peito, falta de ar e, em casos mais graves, queimar as vias aéreas superiores. 

Fonte: A Tribuna






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