Relatório PN

R$ 2,9 bilhões
A Rolls-Royce assinou um contrato para vender seus negócios de turbinas de energia a gás e compressores para a Siemens por R$ 2,9 bilhões. Os negócios que estão sendo vendidos abastecem turbinas a gás para aeroderivados, sistemas de compressores e serviços relacionados a clientes dos setores de óleo e gás e setores de geração de energia. Após a conclusão da transação, a Rolls-Royce vai receber um adicional de R$ 757 milhões para um acordo de licenciamento com duração de 25 anos, garantindo à Siemens acesso a tecnologias aeroderivadas da Rolls-Royce para uso em turbinas a gás de 4 a 85 megawatts de potência.

Os negócios de turbina a gás e compressores da divisão de Energia da Rolls-Royce têm cerca de 2,4 mil empregados. Em 2013, os resultados de negócios da divisão de energia geraram R$ 3,2 bilhões de receitas e R$ 272 milhões de lucro subjacente. O setor energia da Siemens emprega cerca de 83,5 mil pessoas. Em 2013 gerou uma receita de R$ 86 bilhões e lucro subjacente de R$ 6 bilhões.

Francisco Itzaina, presidente da Rolls-Royce para a América do Sul, explicou a importância dessa negociação para o grupo. “Esse acordo dará à divisão de energia ótimas oportunidades de negócios ao passar a fazer parte de uma empresa de energia muito maior, além de permitir que a Rolls-Royce se concentre em áreas de negócio em que poderá agregar mais valor”, afirmou o executivo.

‘Camboriú’

O estaleiro Arpoador, do Guarujá (SP) lançou o crew boat BS Camboriú. A embarcação está em fase de testes e quando entrar em operação, para o armador Brasil Supply, ficará à disposição integral da Petrobras, para operação em portos do Nordeste. Irá operar no transporte de pessoas e cargas e está entre as mais potentes em operação no país. Atinge velocidade de 25 milhas/hora e foi desenvolvida com mais de 60% de conteúdo nacional. O BS Camboriú é o sexto de uma série de 17 barcos construídos ou em execução pela Brasil Supply em estaleiros nacionais, todos contratados pela Petrobras nas primeiras fases de seu Plano de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). “Até o final deste ano, devemos lançar mais três embarcações”, diz o CEO da companhia, José Ricardo Roriz Coelho.

Mão de obra

Cerca de quatro anos após o anúncio das reservas de petróleo na camada do pré-sal, o mercado de mão de obra especializada em óleo e gás apresenta um quadro de carência de profissionais habilitados na função de gerentes de projetos para trabalharem especificamente na área de perfuração em águas profundas. Para atuar em campos como o de Libra, no estado do Rio de Janeiro, o país contrata mão de obra técnica estrangeira, principalmente na gerência de projetos de construção de sondas de perfuração.

Segundo Anna Melo, gerente das divisões de óleo e gás, engenharias e supply chain da empresa de recursos humanos Randstad Professionals no Rio de Janeiro, a exploração de petróleo em águas profundas pode ser considerada recente no país quando comparado a outros mercados e neste contexto a atuação de estrangeiros na função possibilita a transferência do conhecimento e tecnologia para as equipes locais. “Da mesma forma, a presença de brasileiros em projetos no exterior contribui para que desenvolvam competências técnicas para que possam retornar para futuros projetos no país de origem”, diz a gerente.

A escassez de gerentes para projetos de perfuração e construção de sondas tem sido complementada até o momento pela vinda de profissionais asiáticos e do mar do Norte, de países como Japão e Noruega.

24 horas

O tempo médio para a liberação de cargas nos portos e aeroportos brasileiros teve redução significativa após a implantação do programa Porto e Aeroporto 24h. Nos portos, o tempo caiu de 18 para 14 dias e fez com que o país saltasse da 106ª para a 69ª posição em ranking internacional que mede o tempo de liberação de cargas. Nos aeroportos o tempo médio passou de 6,3 para 3,7 dias. Com a redução, a capacidade de movimentação de cargas do comércio exterior brasileiro aumentou em 36 milhões de toneladas, o equivalente a US$ 59 bilhões, após um ano de implantação do programa. Os dados foram divulgados pelo Sistema Firjan.

A queda no tempo médio de liberação de carga foi de 27,8% no porto do Rio de Janeiro, de 25% em Santos, 12,5% em Rio Grande e de 11,5% em Paranaguá.

Mais

• A Wilson, Sons Estaleiros, do Grupo Wilson Sons, tem novo diretor Comercial. O engenheiro Matheus Vilela tem mais de 10 anos de experiência no setor. Antes de entrar na Wilson, Sons Estaleiros, passou por diversas empresas, como Edison Chouest Offshore, Deep Ocean/Trico Marine e Baru Offshore Navegação. O executivo é graduado em Engenharia de Telecomunicações e em Engenharia de Produção e possui MBA em Negócios em Petróleo e Gás pela Fundação Getúlio Vargas.

• A direção da Brasco tem um novo rosto desde maio. Gilberto Cardarelli assumiu o cargo de diretor executivo, que vinha sendo ocupado interinamente nos meses anteriores por Antônio Paiva. Cardarelli é engenheiro metalúrgico, com especialização em engenharia de perfuração e MBA em óleo e gás. Com mais de 30 anos de experiência, o executivo já atuou em empresas como Sevan Drilling, Transocean e Odebrecht.


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