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Vulkan sente demanda no país mais aquecida

No Brasil há 45 anos, a companhia industrial de origem alemã Vulkan está otimista com a retomada de demanda por seus produtos em alguns setores - mineração, siderurgia, etanol e álcool, cimento, óleo e gás, geração de energia e papel e celulose. A previsão é crescer neste ano de 10% a 15%, considerando a média das três divisões de negócios no país.

A empresa fabrica, principalmente, componentes para máquinas e equipamentos (acoplamentos, sistemas de frenagem, contra-recuos e amortecedores, dentre outros) utilizados por companhias de capital intensivo. São produzidos na unidade industrial de Itatiba (SP). Esse segmento representa o maior negócio e de maior peso (70%) na receita da Vulkan no país.

As outras duas divisões são a de sistemas de propulsão para a indústria naval, que é tem maior expressão no exterior, e a de conexões sem solda, com tecnologia Lokring, para tubos e mangueiras e também com aplicações em aparelhos de refrigeração e ar condicionado.

Segundo Klaus Hepp, presidente da Vulkan no Brasil, a companhia conseguiu nos últimos quatros anos expandir a atuação na América Latina, com destaque no Chile, Peru, Colômbia e México. Montou uma rede de distribuição para os produtos fabricados na unidade brasileira.

Após a crise de 2015 e 2016 - quando teve de cortar 70 funcionários do quadro -, o executivo diz que o mercado brasileiro mostrou sinais de reação em 2017 e registrou mais consistência no ano passado. “Em 2019 prevemos crescer ao menos 10% e repetir esse resultado no próximo ano”, afirmou.

Segundo diz o executivo, há um mercado mais acelerado, com retomada de projetos de grande porte e maior demanda de clientes finais. A área industrial registra crescimento de 20% a 25%, de acordo com o executivo. Ele destaca três fatores que permitiram o melhor desempenho da subsidiária desde o ano passado: desenvolvimento de novos produtos, vendidos no Brasil e América Latina aliado a ganho de competitividade e mercado local mais aquecido.

Na exportações, diz que houve menor expansão. Tem o impacto da crise da Argentina e problemas de perfil econômico-político na Colômbia, Peru e México. No Peru, por exemplo, atrasos de projetos de mineração em razão de conflitos com comunidades; na Colômbia, economia afetada por questões de refugiados venezuelanos e no México uma cenário mais receoso dos investidores com as medidas políticas do novo governo.

Hepp disse que no período da crise brasileira, a empresa aproveitou para fazer a lição de casa, cortando custos e melhorando nossos processos de fabricação para ganhar mais competitividade. Segundo ele, hoje a subsidiária brasileira é um centro de competência global do grupo, principalmente na divisão industrial.

O executivo afirma que a empresa melhorou muito a competitividade com investimentos em reestruturação e reorganização, tanto que passou, em 2018, a dar suporte à matriz em seu plano global com suporte de pessoal da unidade brasileira na expansão em África e Austrália”. Hepp está no cargo de presidente da Vulkan desde 2014, mas tem vivência de longo período no país.

A Vulkan é uma empresa exclusiva da família Hackforth desde a fundação, em 1889, na cidade de Dortmund. A matriz do grupo está localizada em Herne, Alemanha. Aos 130 anos, o grupo tem presença em mais de 50 países, com fábricas, filiais (subsidiárias) e escritórios de representação. Mundialmente, a Vulkan emprega 1,8 mil funcionários e gera receita anual de €180 milhões, informa Hepp. A unidade brasileira, com 180 pessoas, tem faturamento na casa de € 20 milhões (o equivalente a R$ 80 milhões).

Fonte: Valor






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