A Indra desenvolveu um novo sistema de detecção de radioatividade que permite supervisionar de forma eficiente os contêineres que entram nos grandes portos. A companhia conta também com uma versão adaptada para a utilização em aeroportos e na indústria. Atualmente, os portos europeus realizam a inspeção radiológica de uma alta porcentagem de contêineres e esta será uma medida obrigatória para barcos com destino à UE.
O objetivo é comprovar que não entram mercadorias contaminadas e evitar o tráfico ilegal de pequenas quantidades de urânio com fins terroristas.
O sistema detecta e identifica materiais que emitem radiação gama. O seu funcionamento é passivo e encarrega-se de converter a radiação recebida em impulsos elétricos que são tratados mediante software para facultar ao operário os resultados da análise em tempo real.
Nas provas realizadas no porto de Valência na Espanha, o aparelho de detecção da Indra demonstrou uma maior sensibilidade e menor taxa de falsos alarmes que os equipamentos já existentes. Além disso, acidentes como o de Fukushima ressuscitaram o interesse por este tipo de tecnologias, e suscitaram a necessidade de introduzi-las em aeroportos. Por esta razão, a Indra adaptou seu sistema para executar as mesmas funções, mas usando um equipamento de dimensões adequadas. Também foi desenhado um sistema que pode ser colocado nos corredores de um terminal para detectar níveis anômalos de radioatividade em passageiros.
O sistema já está preparado para ser utilizado também na indústria de metal, de reciclagem, de gestão de resíduos e no desmantelamento de plantas nucleares, para classificar os resíduos em função do perigo.