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Porto de Santos: o gigante latino-americano que sediará o AAPA Latino 2022

Com números recordes nos últimos anos, em movimentação de cargas e lucros, hoje o maior polo logístico do continente passa por um importante processo de inflexão diante de sua privatização.

Com exceção de Colón, no Panamá, que — em nível de transferência de contêineres — disputa a cada ano o título de maior porto latino-americano em rankings como o Lloyd's, não há outro porto tão grande quanto o Porto de Santos na região. É claro que se considerarmos a movimentação total de mercadorias (somando granel e fracionamento), os números do gigante brasileiro são simplesmente impressionantes: 147 milhões de toneladas, em 2021, seu recorde absoluto.

Com área de 7,8 milhões de metros quadrados, 53 terminais envolvidos em suas operações e 60 berços, o maior polo logístico do Brasil administrado pela Santos Port Authority (SPA) será o palco central do XXX Congresso Latino-americano de Portos da Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA) este ano.

Assim como centenas de navios atracam e são atendidos anualmente em seu cais (quase 5.000 em 2021, a rigor), centenas de visitantes também “desembarcarão” pelos espaços e ruas da cidade de Santos, no estado de São Paulo, entre os dias 28 e 30 de novembro, quando acontecerá o principal evento portuário da América Latina.

Representantes das autoridades portuárias, diretores, gerentes, executivos, fornecedores e consultores de portos, terminais, empresas de logística, empresas de navegação e demais atores da área chegarão a Santos, no que promete ser um encontro inesquecível.

ATUALIDADE

Criado como tal em 1992, Santos é hoje o maior porto da América Latina, conectando -a partir de seus terminais- com rotas que levam a mais de 600 portos em 125 países ao redor do mundo: quase todo o globo, afinal, está conectado com ele, da Europa à Ásia, passando por outros terminais sul-americanos, africanos e oceânicos.

Todos os anos, milhões de toneladas de carga passam por suas docas e locais. A rigor, todas as possibilidades e variedades de cargas, desde fracionadas, contêineres, cargas gerais e especiais, projetos, roll-on roll-off, granéis sólidos, granéis líquidos, desde itens industriais, construção civil, alimentos e tecnologia -entre outras-, são atendidas pelo gigante brasileiro.

As 147 milhões de toneladas de cargas que movimentaram seus terminais durante o último ano, incluíram açúcar, café em grão e suco de laranja, sendo o maior ponto de exportação global desses produtos. Por outro lado, seu intercâmbio comercial incluía combustíveis, soja, fertilizantes, farelo, celulose, peças de reposição, granéis líquidos e automóveis.

Isto sem contar a sua atividade turística: a chegada de navios de cruzeiro internacionais, que também constitui um ramo de negócio relevante para o porto, que está atualmente em plena recuperação dos seus fluxos anteriores à pandemia e que em épocas como 2011 atingiu um pico de 1,1 milhão de passageiros.

Mas, além disso, Santos constitui um polo integral voltado para atender os mais diversos serviços envolvidos na cadeia logística e comércio exterior, desde serviços logísticos, armazenagem de cargas, intermodalidade, estaleiros e reparação naval, abastecimento de combustíveis, rebocadores e outros.

O QUE O PORTO DE SANTOS ESTÁ A FAZER ATÉ HOJE

Os visitantes que chegarem ao principal ponto sul-americano de conexões marítimas em novembro próximo encontrarão um centro portuário que busca bater seus próprios recordes de transferências e que também vive momentos de inflexão, em meio a um período de privatizações, que começou em 2019 e que está ainda em andamento.

De fato, no passado mês de maio, uma delegação brasileira, chefiada pelo Ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio, e que incluiu também o corpo técnico deste Secretário de Estado, representantes do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e do Banco de Desenvolvimento do Brasil, protagonizou um roadshow em Nova York, onde com certeza, o processo de privatização de Santos foi a grande estrela.

O porto ainda busca possíveis investidores para este salto em direção à sua modernização, e nesta linha grupos como a americana EIG Global Energy Partners e a multinacional gigante de logística sediada nos Emirados Árabes Unidos, DP World, têm se reunido com as autoridades para analisar as projeções desse processo, que espera angariar até 3,1 mil milhões de dólares em investimentos, colocando Santos na estrada para se tornar um dos maiores pólos portuários de todo o Hemisfério Sul.

Por outro lado, o porto procura igualar e melhorar os níveis de transferência alcançados em 2021, e está no caminho certo. No primeiro trimestre deste ano, sua movimentação de mercadorias cresceu 9,6% e atingiu 38,7 milhões de toneladas, o maior fluxo em igual período dos últimos anos, com 27,7 milhões em exportações e 10,9 milhões em importações.

Com isso, nesse período, Santos concentrou quase um terço do comércio exterior do seu país (29,7%), o maior percentual desde o primeiro trimestre de 2016.

Não só isso, mas as receitas da SPA para o período atingiram 26,5 milhões de dólares, um crescimento impressionante de 91%, com o qual se tornou o trimestre com o melhor resultado económico de toda a sua história.

Texto produzido pela AAPA Latino, com fonte: PR PORTS LLC






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