Secretário de navegação e hidrovias, que preside o FMM, destacou que, além de projetos ligados ao Sistema Petrobras, outros segmentos da indústria naval estão aquecidos nos últimos dois anos
O secretário nacional de hidrovias e navegação (SNHN), Dino Antunes Batista, disse, nesta segunda-feira (18), que a construção naval brasileira vive um ciclo de retomada com diversificação maior que em outros momentos de aquecimento da indústria. Ele destacou que um projeto do segmento de navegação interior representa o maior da carteira do Fundo da Marinha Mercante (FMM) nos últimos dois anos, superando até mesmo projetos do segmento de petróleo e gás. Foram prioridades da ordem de R$ 4 bilhões aprovadas para a construção de um total de 400 balsas mineraleiras e 15 empurradores.
Para Batista, a retomada com diversificação traz mais segurança de que o ciclo sofrerá por conta de problemas em algum setor específico."O que difere um pouco do que tínhamos no passado, que era concentração total nessas embarcações mais voltadas para o setor de petróleo, tanto embarcações de transporte de petróleo, quanto apoio marítimo, é que agora diversos outros setores estão aparecendo”, analisou o secretário, que participou de um evento promovido pelo Estaleiro Mac Laren, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro (RJ).
Ele acrescentou que, além dos programas de renovação da frota da Transpetro (TP25) e das embarcações de apoio que operam para a Petrobras, existe no setor um aquecimento de atividades como manutenção, reparo e desmantelamento. "É um momento interessante. Tem segmento do petróleo importante, com política pública puxando esse segmento, só que vários outros setores da indústria naval também estão aquecidos", reforçou à Portos e Navios.
Batista, que também é presidente do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), será um dos palestrantes do painel "Financiamento à construção naval", nesta terça-feira (19), primeiro dia da 19ª da Navalshore, no Rio de Janeiro. O painel vai discutir como ampliar o acesso aos recursos do FMM e a criação de um fundo garantidor nos financiamentos do fundo setorial. Confira a programação completa desta edição da Navalshore.
