As projeções econômicas usadas pela Gerdau mostram uma crise persistente na Europa e uma desaceleração generalizada da economia mundial. A percepção foi apresentada ontem em Porto Alegre, pelo presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter, que fez palestra durante a reunião-almoço da Associação do Aço no Rio Grande do Sul (AARS). “O cenário de desaceleração econômica é bastante evidente nos Estados Unidos, que tem tido crescimento, ainda que pequeno. Não dá para falar em crise nos Estados Unidos, mas sim em desaceleração e essa deve ser a realidade também em outros países, como China, Índia, Rússia e no próprio Brasil”, disse ele ao mostrar os números.
A Gerdau acredita que, neste ano, o crescimento médio da economia mundial fique em 3,5%, enquanto os países em desenvolvimento tenham resultados da ordem de 5,7% e as economias desenvolvidas fiquem na casa de 1,4%. Já no ano que vem, a projeção é de um crescimento médio de 4,1%, com registros de 6% entre os países em desenvolvimento e de 2% entre os países mais ricos.
Para 2014, a siderúrgica que foi fundada no Rio Grande do Sul e tem atuação internacional acredita que a média fique ligeiramente mais alta, com 4,4% de crescimento econômico, sendo que como nos outros anos, o ritmo será mais acelerado entre os países em desenvolvimento, 6,2%, e menos nas economias mais ricas, de 2,4%.
O executivo afirmou que, nesse cenário, o esperado é que o consumo de aço tenha uma recuperação gradual e os patamares mundiais de consumo anteriores à crise só sejam atingidos por força da demanda dos países emergentes, sobretudo dos asiáticos. Segundo Johannpeter, ao final de 2013 o consumo aparente de aço no mundo deve superar (pela primeira vez desde 2008) as marcas de 2007.
Esse avanço, de 22% sobre os níveis anteriores à crise, deve ser basicamente provocado pelos países asiáticos - onde a companhia espera uma demanda 42% maior que a de 2007 - e latino-americanos, onde o crescimento deve passar em 28% o registrado há cinco anos. Enquanto isso, mesmo crescendo, a demanda por aço nos países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) deve ser de 95% do índice pré-crise, enquanto na União Europeia o consumo não deve ultrapassar 78% do que era antes da turbulência de 2008.
Fonte:Jornal do Commercio (RS)/Clarisse de Freitas
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