Em geral, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) acerta suas previsões sobre o setor. Como ninguém é adivinho, durante o ano são feitas revisões periódicas. Neste momento, a boa notícia é que o déficit no comércio externo de 2014, previsto em US$ 4,5 bilhões, deverá se transformar em saldo no próximo ano, com ganho de US$ 8,1 bilhões, segundo as projeções da AEB. Isso ajuda o país a compensar as altas perdas em transações correntes, que representam todas as negociações do país com o exterior, além de comércio: fretes, juros, turismo e remessa de lucros.
A má notícia, de acordo com a AEB, é que o fluxo de comércio, que caiu em 2014, continuará a diminuir. Para 2015, a entidade prevê exportações de US$ 215 bilhões – menos 4,3% do que este ano – e importações de US$ 207 bilhões, com redução de 9,8% sobre 2014. Isso é muito negativo pois o fluxo de comércio é o grande responsável pela ativação da economia, seja com a receita de dólares, ou com a entrada de itens importados que irão dinamizar o mercado interno. Além disso, os investimentos em terminais portuários visam a movimentar mais cargas.
A retração no consumo interno bloqueia as importações. Já as exportações serão prejudicadas pela queda de cotação de minério e soja, ainda que compensadas pelo estímulo à indústria, através da alta do dólar.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Mottta
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