A expectativa é que o ano de 2019 da Petrobras seja marcado por negociações importantes dentro de seu programa de desinvestimentos. Logo depois de tomar posse, o novo presidente da empresa, Roberto Castello Branco, já sinalizou que pretende manter uma gestão de portfólio ativa em sua administração.
O ano promete ser decisivo para outros importantes desinvestimentos, como as refinarias, a Transportadora Associada de Gás (TAG) e as fábricas de fertilizantes. Essas negociações estavam suspensas desde meados de 2018 por força de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), mas foram retomadas esta semana após a liminar cair.
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Além disso, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) decidiu pressionar para que a Petrobras acelere as negociações de seus campos terrestres e em águas rasas. O órgão regulador obrigou a estatal a apresentar uma lista com os campos de produção da Rodada Zero (cujas concessões vencem a partir de 2025) com os quais pretende ficar e aqueles que pretende vender e devolver à União.
A agência definiu, então, um prazo até junho deste ano para que a Petrobras conclua os processos de desinvestimentos em curso. A petroleira já informou que pretende vender cerca de 70% das concessões e pediu a postergação do prazo para concluir os negócios. A ANP ainda analisa o pleito.
“Os desinvestimentos estavam sendo conduzidos ao bel prazer da Petrobras, seguindo os interesses da Petrobras, no tempo da Petrobras. Isso é legitimo, mas agora não é mais a Petrobras que define prazo para a venda”, disse recentemente o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.
Fonte: Valor