A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai realizar consulta pública para mudar a regulação sobre o processo de participação no setor de óleo e gás do país, conforme disse nesta quarta-feira seu diretor, José Gutman, para quem a idéia passa fazer com que os planos de desenvolvimento de produção passe antes pela agência.
Foi constatado, segundo ele, que em menos de 50% poços produtivos no país se concentra 90% da produção nacional.
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Gutman, que participou da abertura do XI Fórum Ibef de Óleo e Gás, no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, anunciou que no próximo dia 17, no Rio, e no dia 28 deste mês, em Salvador (Bahia), a agência vai realizar audiências públicas para tratar da regulamentação para empresas de pequeno e médio porte poderem participar das atividades de exploração e produção. E frisou que a ANP vai também perfurar poços na Bacia de São Luiz no seu plano de levantamento de dados para ser utilizado em futuros leilões.
Membro do Conselho Consultivo do Ibef no Rio e ex-diretor da Petrobras, Reynaldo Aloy fez questão de ressaltar que o evento serviu para trazer grandes contribuições ao setor. Segundo ele, algumas já são conhecidas e outras, novas, principalmente no que diz respeito aos desafios do pré-sal, a questão tributária que, em sua opinião é muito confusa, a questão da tecnologia e a escassez de mão-de-obra qualificada que já está preocupando o setor, e, principalmente o crescimento do setor.
Ele também disse que o fórum serviu para mostrar as dificuldades da econômicas que o país está atravessando no momento e que deve se agravar nesse ano de eleições e até mesmo em relação ao ano que vem que, conforme afirmou, será um ano de ajustar os muitos pontos que ficaram soltos nesse período.
“Acho que o evento trouxe boas contribuições na medida em que os debates que foram feitos aqui, foram esclarecedores de vários pontos e conduzem a um desenvolvimento maior do setor e do próprio país, uma vez que o segmento de óleo e gás tem uma participação significativa no conjunto econômico”.
Fonte: Monitor Mercanti