A Arábia Saudita cortou pela metade sua produção de petróleo depois de ataques com drones atingirem duas instalações da empresa Aramco, causando incêndios. A companhia reduziu a produção em cerca de 5 milhões de barris diários depois do ataque à planta de Abqaiq. Vale notar que a Arábia Saudita produz quase 10 milhões de barris por dia.
A responsabilidade pelas ações foi assumida pelos rebeldes houthis, do Iêmen, que já realizaram vários ataques semelhantes contra alvos sauditas.
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A ação mais recente representa o maior ataque contra a infraestrutura de petróleo saudita em mais de uma década, destacou a Bloomberg News, e expõe a vulnerabilidade da rede de campos, dutos e portos que responde por 10% do fornecimento de petróleo do mundo. Um gargalo em Abqaiq, onde o petróleo de vários campos do país é processado antes de ser levado aos terminais de exportação, pode abalar o mercado global de energia.
Vale notar que Abqaiq já foi alvo de ataques no passado - em fevereiro de 2006, por exemplo, alegados homens-bomba da Al Qaeda tentaram explodir o complexo petrolífero, mas não obtiveram sucesso, lembrou a rede de notícias Al Jazeera.
Além de Abqaiq, foram alvos dos drones as proximidades do campo de petróleo Khurais. Esse complexo está a quase 160 quilômetros da capital saudita, Riad. Possui reservas estimadas de mais de 20 bilhões de petróleo, segundo a Aramco.
Pelo Twitter, o embaixador americano na Arábia Saudita, John Abizaid, disse neste sábado que Washington condena "fortemente" os ataques às duas instalações sauditas. Ele acrescentou que esses ataques colocam em risco civis e que essa situação é "inaceitável".
Fonte: Valor