Num sinal de que a demanda de aço não deve se recuperar fortemente em 2010, a maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal, planeja eliminar cerca de 10.000 empregos, a maior parte provavelmente na Europa e nos Estados Unidos, onde o potencial de crescimento é mais limitado. A empresa se negou a especificar números de demissão, mas pessoas a par da questão disseram que a meta é de aproximadamente 3,5% dos 287.000 empregados que a empresa tinha em 30 de setembro.
Muitos dos cortes devem afetar trabalhadores que foram colocados em licença depois de uma rodada de paralisação de usinas este ano. Acredita- se que a força de trabalho seja reduzida também por meio de não reposição de vagas. "Representantes da empresa discutiram a possibilidade de que as operações possam esperar alguma redução na força de trabalho mundial no ano que vem principalmente por causa da não reposição de vagas abertas e otimização da produção", disse Giles Read, um porta-voz da siderúrgica. "Não queremos comentar nenhum número discutido, já que eles não são finais." Embora esteja se retraindo nos mercados desenvolvidos, a ArcelorMittal ainda está investindo e se expandindo nos mercados emergentes. Nos últimos meses, ela informou que investiu numa usina na Índia e procurou assunmir operações siderúrgicas em Zimbábue. A empresa também está interessada em expandir-se mais no Brasil, onde pode ficar próxima de seu suprimento de minério de ferro.
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A ArcelorMittal informou que pretende aumentar sua produção de aço até o fim do ano para atingir 70% de utilização da capacidade no quarto trimestre, em comparação com 61% no terceiro trimestre. Ela afirmou, contudo, que a taxa de utilização deve permanecer em torno de 70% até 2013, e que não espera um retorno aos altos níveis de preço de 2007 pelos próximos dez anos. (Fonte: Valor Econômico/Robert Guy Matthews e Alex MacDonald, The Wall Street Journal)