A arrecadação do governo com a 15ª Rodada de concessões de blocos exploratórios, da semana que vem, e a 4ª Rodada de partilha do pré-sal, de junho, deve superar os R$ 3,5 bilhões inicialmente previstos, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Décio Oddone, nesta quinta-feira.
“Estou me mostrando mais otimista, com base no que temos acompanhado de interesse das companhias, com base no número de empresas registradas. Tendemos mais a um cenário conservador, mas acredito que a arrecadação da 15ª Rodada e 4ª de partilha têm potencial para superar os R$ 3,5 bilhões que tínhamos anunciado”, afirmou o diretor após participar de congresso promovido pela Associação Ibero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo, no Rio.
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Segundo ele, o interesse demonstrado pelas petroleiras nos leilões no Golfo do México, nos últimos meses, é um sinal positivo para a rodada brasileira da semana que vem. “[Os leilões do México e dos Estados Unidos] mostram que a indústria de petróleo está naquela tendência de, ao sair de uma crise profunda, como foi a de 2014, reduzir custos. Está começando a mostrar interesse em aumentar investimentos em exploração”, afirmou Oddone.
Questionado se as indefinições sobre a aprovação do Repetro (regime aduaneiro especial para o setor de óleo e gás) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) podem prejudicar o interesse pelo leilão, o diretor disse esperar que o Rio priorize a tributação “mais alta possível, sem ser regressiva em demasia de forma a inibir os investimentos”. “É importante para o Rio ter competitividade para atrair investimentos”, disse, lembrando que a produção da Bacia de Campos (RJ) está declinando - e que é importante para o Estado atrair investimentos em tecnologia de recuperação das áreas maduras.
Segundo Oddone, a ANP deve colocar em consulta pública até o início de abril a resolução que permite a redução da alíquota de royalties para projetos de revitalização de campos maduros.
Fonte: Valor