Um dia após a mineradora australiana BHP Billiton provocar tensão nos mercados com um alerta sobre a desaceleração na demanda chinesa por minério de ferro, o governo da Austrália -líder nas exportações mundiais- apresentou uma visão oposta.
O órgão oficial responsável pelo acompanhamento de commodities estimou ontem crescimento de 11% para as importações chinesas de minério de ferro em 2012, para 713 milhões de toneladas.
Até 2017, as compras do país asiático devem aumentar 5% ao ano, segundo o órgão.
Mais do que uma desaceleração no consumo de aço, a oferta interna restrita de minério de ferro de boa qualidade, e a custos competitivos, será determinante para o volume das importações do país asiático.
"A China vai precisar importar minério de ferro de alta qualidade da Austrália e do Brasil", avalia o órgão.
A projeção australiana é que as exportações brasileiras aumentem 6% em 2012, para 333 milhões de toneladas. Se confirmado, o ritmo de crescimento será superior ao do ano passado, quando os embarques subiram 4%.
Para a Austrália, o órgão estima crescimento de 12%. A previsão para o comércio mundial é de alta de 7%, para 1,1 bilhão de toneladas.
Fonte: Folha de São Paulo/TATIANA FREITAS/DE SÃO PAULO
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