Uma combinação fortuita de bactérias vorazes, correntes oceânicas e topografia regional ajudou a limpar com rapidez o óleo e o gás despejados no Golfo do México no desastre da plataforma Deepwater Horizon, em 2010. Depois de vazar por quase três meses, o poço foi fechado em julho de 2010. Vazaram 200 mil toneladas de gás metano e 4,4 milhões de barris de petróleo.
Muitos cientistas previram que uma grande quantidade dos poluentes ficaria nas águas da região por anos. Mas estavam errados. Segundo um estudo patrocinado pelo governo americano e publicado ontem pela Academia Nacional de Ciências dos EUA, o petróleo e o gás praticamente desapareceram, devorados por 52 espécies de bactérias famintas que habitam a região.
A topografia da área teve papel fundamental. Como o Golfo tem terra em três lados - norte, leste e oeste -, as correntes não fluem numa só direção, como em um rio. Em vez disso, a água bate e volta nas "paredes" de terra, como em uma máquina de lavar. Isso facilitou o trabalho das bactérias para acelerar a limpeza.
"Houve muita conversa escatológica", disse o microbiologista David Valentine, da Universidade da Califórnia. "O oceano abriga organismos que podem dar conta da absorção de poluentes como óleo e gás".
Fonte: Valor Econômico/Por Gautam Naik | The Wall Street Journal
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