Executivos da BHP Billiton e da Rio Tinto estudam mudar ou adiar um projeto de US$ 116 bilhões das duas para integrar minas de ferro na Austrália, devido a uma série de obstáculos na regulamentação, segundo pessoas a par da situação.
O adiamento da joint venture, que as duas esperavam que fosse aprovada até o fim de 2010, daria mais tempo para o governo da Austrália estabelecer os termos de um novo imposto sobre a exploração de minérios. As duas podem ser obrigadas a esperar que a cotação do minério de ferro caia ainda mais, o que amenizaria as acusações que têm recebido de que a sociedade vai inflar os preços mundiais do metal, disseram as pessoas.
Os analistas duvidam que o acordo possa ser fechado até o fim do ano. Porta-vozes da BHP e da Rio Tinto disseram que o acordo vale a pena, mas não quiseram comentar as atuais negociações ou possíveis revisões.
Não se sabe até que ponto a BHP e a Rio Tinto estão revisando o projeto, mas elas devem estar avaliando se alterar o acordo original para atender às exigências de regulamentação diminuiria muito o potencial de economia de custos do projeto. Uma possibilidade, disseram as pessoas, seria limitar o volume de minério produzido pela joint venture.
Tom Albanese, diretor-presidente da Rio Tinto, admitiu recentemente que a atual proposta enfrenta alguns obstáculos. "É um cenário de regulamentação difícil, mas continuamos colaborando com as autoridades, porque vale a pena buscar essas sinergias", disse ele este mês ao Wall Street Journal.
A BHP, enquanto isso, está ocupada tentando convencer os acionistas da Potash Corp. of Saskatchewan a aceitar sua oferta de compra. A BHP ofereceu mês passado US$ 39 bilhões para comprar a Potash, maior produtora de um ingrediente crucial na produção de fertilizantes.
Fonte: valor Econômico/Robert Guy Matthews | The Wall Street Journal
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