Aprovação do banco à sociedade da Petrobras com a estatal PDVSA é parcial
Para fechar o acordo, a venezuelana deve entregar documentos e investir dinheiro próprio até novembro
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou parcialmente a sociedade entre a Petrobras e a PDVSA (Petróleos de Venezuela) na refinaria Abreu e Lima (PE), um investimento de R$ 26 bilhões.
A estatal PDVSA conseguiu aval do banco para as garantias bancárias apresentadas para assumir 40% do financiamento de R$ 10 bilhões. O crédito foi dado somente à Petrobras, em 2009, para o início das obras.
A indicação favorável do BNDES permite que a PDVSA dê um primeiro passo para assumir 40% da refinaria. Mas não significa que a parceria esteja selada: a aprovação final do BNDES está "condicionada à apresentação de outros instrumentos", segundo nota da Petrobras. A empresa não detalhou que instrumentos são esses.
Para fechar o acordo, a PDVSA precisa entregar toda a documentação pendente e injetar dinheiro próprio no projeto até o dia 30 de novembro.
A sociedade na refinaria foi celebrada em 2005, antes da descoberta do pré-sal brasileiro, em 2006. Na época, os presidentes Lula e Chávez fecharam o acordo prevendo o uso de petróleo venezuelano.
A Petrobras acabou tocando sozinha o projeto, e a refinaria hoje está preparada para processar o petróleo brasileiro, e não o de Carabobo, na Venezuela, conforme previsto originalmente. Para receber o petróleo mais pesado do país vizinho, seria necessário investir mais US$ 400 milhões (cerca de R$ 688 milhões).
A refinaria está em construção e tem previsão de início das operações em 2012.
Fonte: Folha de São Paulo/LEILA COIMBRA//DO RIO/FLAVIA MARREIRO DE CARACAS
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