Durante seu discurso no seminário do Movimento Integra Brasil, Paulo Guimarães, chefe de departamento do Nordeste no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou o interesse da instituição em financiar os projetos para o desenvolvimento da região, porém, segundo ele, faltam boas estratégias nas cidades de médio porte para captarem esses recursos.
“Para financiarmos o desenvolvimento dessas médias cidades temos que ter um plano de visão estratégica, além de uma coordenação local. O Banco não é o mandatário do modelo de estratégia usado com o investimento do dinheiro, nosso papel é financiar os bons projetos”, destaca.
Segundo dados apresentados por Guimarães, o banco financiou até agosto de 2013, R$ 11 bilhões e já planeja uma elevação no patamar do que foi financiado em 2012. “Estamos focando em projetos de longo prazo para buscarmos estimular a competitividade entre os estados”, diz.
O Programa de Apoio ao Investimento dos Estados (Proinveste), do BNDES, já investiu R$ 1,087 bilhão no Ceará, de um total de R$ 7 bi para o Nordeste em 2013.
Para o futuro da região, o chefe do departamento não é otimista no que diz respeito a distribuição das riquezas entre os estados Nordestinos. “A tendência é que aumente a desigualdade econômica entre os estados e que os desembolso do BNDES seja concentrado em três estados”.
Um dos motivos alegados pela instituição para a concentração desses investimentos é a pouca capacidade de gestão e de investimento desses municípios. “A região Nordeste necessita de investimentos para o aumento da competitividade Regional e de gestões comprometidas em aplicar os recursos”, finaliza.
(Fonte: O Povo (CE)/João Bandeira Neto)
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