O milho brasileiro está tomando novos rumos neste ano. Isso porque dois países de peso no mercado internacional de commodities entraram na disputa pelo produto brasileiro: Estados Unidos e China.
À medida que os números vão indicando quebra superior a 100 milhões de toneladas nesta safra nos Estados Unidos, os norte-americanos fizeram a primeira compra comercial de milho no Brasil neste ano.
A Secex registrou a importação de 44 mil toneladas no mês passado. Tradicionalmente, os EUA não compram milho brasileiro.
Os chineses, há pouco tempo no mercado de importação do cereal, também incluíram o Brasil na lista dos países fornecedores.
Após compras insignificantes no primeiro semestre do ano, levaram 67 mil toneladas do produto brasileiro entre julho e agosto.
Não são apenas norte-americanos e chineses que se incluem na lista de novos parceiros do Brasil na comercialização de milho. A lista inclui vários países da América Central, antes compradores de EUA, África e Ásia.
Panamá, Porto Rico, Equador, Guatemala, Israel, Nigéria e Tailândia são alguns dos países que não compraram o cereal no ano passado e que agora adquirem bom volume neste ano.
A busca pelo produto brasileiro fez as exportações nacionais atingirem o recorde de 2,7 milhões de toneladas em agosto, volume que deve crescer ainda mais nos próximos meses.
ATIVOS O cenário para as carnes pode ser mais tranquilo no próximo ano. A troca de ativos entre grandes empresas neste ano deixou algumas regiões conturbadas.
MELHORA Algumas empresas ficaram com o abate, mas sem as granjas de animais. Outras ficaram com as granjas, mas sem o abatedouro. Isso causou um certo desajuste, o que deve ser resolvido no próximo ano, diz um analista do setor.
EUROPA A produtividade de trigo caiu 5% neste ano, em relação ao ano passado. No caso do milho, a queda foi maior ainda, atingindo 18%, segundo dados da divisão agrícola da comissão europeia para agricultura. Motivo: a seca que se espalhou pelo mundo todo neste ano.
MUITO POUCO A produção de mamona vai despencar neste ano. As estimativas mais recentes da Conab indicam que a produção recua para apenas 26 mil toneladas nesta safra, 82% menos do que na anterior.
Em alta Já a produção brasileira de girassol reage, aumentando para 116 mil toneladas. Se confirmado, esse volume supera em 40% o do ano passado, segundo dados da Conab.
DIA DE QUEDAS As commodities internacionais encerraram o dia em queda ontem. Em Nova York, açúcar lidera com 2,95%. Em seguida aparece o cacau, com 2,01%.
Fonte: Folha de S.Paulo
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