Os governo do Brasil e da Venezuela se reuniram, em Caracas, capital venezuelana, nos dias 25, 26 e 27 de agosto, para intensificar a cooperação bilateral entre os dois países.
A delegação brasileira se reuniu com os ministros das Indústrias, José David Cabello; da Economia, Finanças e Bancos Públicos, Rodolfo Marco Torres; das Relações Exteriores, Elias Jaua; e do Comércio, Dante Rivas.
Durante a reunião, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ricardo Schaefer, citou reativação do grupo de trabalho bilateral, destacou a importância do mercado da Venezuela para as vendas externas brasileiras e detalhou as formas de cooperação propostas pelo Brasil.
"O grupo de trabalho bilateral deve reunir-se este ano para encontrar meios de aumentar e diversificar nossa pauta de exportações. Entre os assuntos propostos, está o fortalecimento do comércio transfronteiriço entre o Norte do Brasil e o Sul da Venezuela, além de cooperação industrial, integração produtiva e intercâmbio de informações para o desenvolvimento de Zonas Econômicas Especiais a partir da experiência da Zona Franca de Manaus", explicou Schaefer.
Em 2013, o superávit brasileiro com a Venezuela foi de US$ 3,6 bilhões. No período, as exportações brasileiras para a Venezuela no ano passado somaram US$ 4,8 bilhões e as importações US$ 1,1 bilhão.
Os principais itens exportados pelo Brasil para a Venezuela em 2013 foram carne bovina congelada (US$ 844 milhões, 17,4% da pauta); bovinos vivos (US$ 546 milhões, 11,3%); aviões (US$ 376 milhões, 7,8%); carne de frango congelada (342 milhões, 7%); e açúcar de cana bruto (US$ 242 milhões, 5%).
O secretário-executivo também pontuou que José David Cabello pediu ao Brasil um diagnóstico do estado do programa venezuelano para a criação de novas indústrias com a participação de diferentes países. "Podemos dar um impulso gerencial e cooperar na formação de mão de obra, além de viabilizar formas de transferência de tecnologia", informou.
A pauta de exportações da Venezuela para o Brasil é concentrada em derivados de petróleo, sendo os principais produtos: nafta (US$ 668 milhões, 56,6% da pauta), coque de petróleo (US$ 148 milhões, 12,6%), petróleo em bruto (US$ 107 milhões, 9%), álcoois acíclicos (US$ 65 milhões, 5,6%), e laminados planos de ferro ou aço (US$ 49 milhões, 4,1%).
No ano passado, os Estados Unidos foram o principal fornecedor para a Venezuela, com 23% de participação em 2013, seguidos por China (17%), Brasil (10%), México (5%), Colômbia (5%) e Argentina (4%). No período, os principais compradores de produtos venezuelanos foram os EUA (26%), a China (12%), a Colômbia (11%), a Holanda (9%) e o Brasil (8%).
Fonte:Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
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