O Brasil receberá investimentos de R$ 1 trilhão para projetos nas áreas   de energia elétrica, petróleo, gás e biocombustíveis até 2020. A   projeção foi apresentada pelo presidente da Empresa de Pesquisa   Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, aos integrantes do Conselho   Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI),   em reunião realizada na tarde desta terça-feira (12). Desse total de   investimentos, a maior parcela será destinada a petróleo e gás, com R$   686 bilhões nos próximos dez anos.
 
 Segundo Tolmasquim, a oferta  brasileira de petróleo saltará de 2 milhões  de barris para 6 milhões  de barris em 2020, dos quais 3 2 milhões serão  para a exportação. "O  Brasil vai ser o primeiro exportador de petróleo a  ter uma matriz limpa  no mundo", disse Tolmasquim. Ele afirmou isso  considerando também  fortes investimentos na área de etanol e energia  elétrica com fontes  renováveis.
 
 As projeções da EPE indicam aplicação de R$ 90  bilhões em usinas de  etanol nos próximos dez anos, o que será  suficiente para atender a frota  de veículos leves com motor  bicombustível. A produção de etanol, que  hoje oscila entre 25 bilhões e  28 bilhões de litros, chegará 73 bilhões  de litros em 2020.
 
 Tolmasquim destacou que atualmente a frota brasileira tem quase 29   milhões de carros, dos quais 49% já são bicombustíveis. Para 2020, a   estimativa é que a frota chegue a 50 milhões de veículos desses 78% com   motor bicombustível.
 
 Na área de energia elétrica, Tolmasquim  também apresentou um cenário  positivo. Segundo ele, nos próximos dez  anos, haverá uma expansão de  mais de 61 mil megawatts na oferta de  energia elétrica. "Grande parte já  está contratada", informou  Tolmasquim referindo-se a uma parcela  superior a pouco mais de 42 mil  megawatts. Nessa conta de projetos já  contratados, ele inclui a energia  que será ofertada pelas usinas de  Jirau (RO), Santo Antônio (RO) e  Belo Monte (PA). "Isso traz uma grande  tranquilidade", destacou. As  projeções consideram o crescimento do PIB  de 5% em média nos próximos  10 anos.
 
 No setor de transmissão de energia, o presidente da  EPE explicou que  está sendo considerada uma construção de 42.553  quilômetros de novas  linhas, ou seja, uma expansão de cerca de 43% em  comparação ao total de  99.649 quilômetros de linhas existentes. "No  Brasil, o parque de  transmissão é muito robusto", disse Tolmasquim. Ele  disse ainda  acreditar que dentro de pouco tempo serão solucionados  entraves  envolvendo licenciamentos ambientais o que facilitará  investimentos no  setor.
 
 Apesar da expansão da geração de  energia elétrica, as fontes renováveis  continuarão respondendo por 83%  do total em 2020, ou seja, o mesmo  porcentual de hoje. As  hidrelétricas, que hoje respondem por 75%, cairão  para 67%. As fontes  alternativas (energia eólica, pequenas centrais  hidrelétricas (PCH) e  bioeletricidade com bagaço de cana), hoje em um  patamar de 8%, subirão  para 16%. A energia nuclear continuará em 2% em  2020 e a térmica, em  15%.
 
 Fonte: Agência Estado
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