O alto desenvolvimento dos países asiáticos nas últimas décadas foi tema debatido durante o painel de encerramento do Futura Trends 2013. Para os debatedores, o modelo de desenvolvimento tecnológico e de produção deve servir de exemplo e estímulo para o setor produtivo brasileiro reformular seus processos.
De acordo com o professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do projeto ProÁsia, Gilmar Masiero, a participação dos países asiáticos na economia mundial é fruto da capacidade dos ocidentais em igualar as tecnologias que há pouco tempo atrás eles só importavam. “Um dos segredos de países como China e Coreia do Sul é que eles não se acomodam em apenas importar as tecnologias. Eles aprendem e aperfeiçoam para competir e disputar mercado de forma igualitária. Para isso, eles fazem um investimento prioritário na educação”, destaca.
Sobre a possibilidade do modelo de produção ser repetido não somente no Brasil, mas também em caráter regional, Masiero foi otimista. “Toda experiência de desenvolvimento positiva é mais fácil ser replicável em qualquer lugar do mundo. Se alguém faz bem, podemos fazer tão bem quanto”, diz.
O modelo de comércio utilizado pelo Japão foi citado pelo professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (Espm), Mário Henrique. Segundo ele, a fortificação da marca “Japão” foi de fundamental importância para que eles pudessem expandir seus produtos por todo o mundo. “Todo mundo já usou ou usa algum produto japonês. Isso vai desde jogos eletrônicos à culinária. Isso é um trabalho de fortalecimento da imagem do país. Podemos fazer exatamente o mesmo com o Brasil. Devemos explorar melhor nossas principais marcas”, pontua.
(Fonte: O Povo (CE)/João Bandeira)
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