A participação da Braskem na joint venture criada em parceria com a Idesa para operar o polo petroquímico que será construído no México será de 65%, segundo uma fonte próxima às negociações que pediu para não ser identificada. Com isso, a fatia da petroquímica brasileira no total dos investimentos, estimados em US$ 2,5 bilhões, será de aproximadamente US$ 1,6 bilhão. A Idesa terá os outros 35%, percentual que ainda pode sofrer alterações caso a estatal mexicana Pemex decida ingressar no grupo responsável pelo projeto.
A princípio, a fatia da Braskem seria de aproximadamente 80%, mas essa participação foi revista nas últimas semanas, período no qual as companhias definiram os últimos detalhes da joint venture. A criação de uma parceria para assumir o projeto foi aprovada pelo conselho de administração da Braskem na semana passada.
Participarão do evento a ser realizado no México, onde ocorre o fórum empresarial que reúne líderes latino-americanos, o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, acompanhado pelos vice-presidentes de Negócios Internacionais (Roberto Ramos) e Relações Institucionais (Marcelo Lyra).
A vitória do consórcio formado por Braskem e Idesa para a construção do polo, chamado de projeto Etileno XXI, foi comunicada em novembro passado. Na oportunidade, as companhias detalharam os principais aspectos da iniciativa, que visa a atender principalmente a demanda por resinas termoplásticas nos mercados mexicano e norte-americano - onde a Braskem ingressou com a compra da divisão de polipropileno (PP) da Sunoco Chemicals.
O complexo mexicano, chamado de Coatzacoalcos, será instalado em Veracruz e contará com uma central petroquímica com capacidade anual de 1 milhão de toneladas de eteno e três unidades de produção de polietileno (PE), com capacidade para produzir 450 mil toneladas anuais de polietileno de alta densidade (PEAD), 350 mil toneladas de polietileno de baixa densidade linear e 200 mil toneladas de polietileno de baixa densidade (PEDB). A expectativa das companhias, também informada anteriormente, é de que o projeto entre em operação em 2015. Para isso, contará com o fornecimento de gás natural (etano) da Pemex por um prazo de 20 anos.
O insumo, segundo informaram as empresas, terá "condições competitivas" de mercado. Para viabilizar o polo, as companhias pretendem financiar no mínimo 70% do montante. Os 30% restantes virão das companhias - o aporte da Braskem seria, portanto, inferior a US$ 500 milhões. Entre as instituições cotadas para financiar o projeto estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Nacional Financiera (Nafin), similar mexicano do banco de fomento brasileiro, a Corporação Financeira Internacional (CIF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de Exanbanks, principalmente nos Estados Unidos, e demais bancos comerciais.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/André Magnabosco
DA AGÊNCIA ESTADO)
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