BELO HORIZONTE - O diretor executivo de Fertilizantes e Carvão da Vale, Roger Downey, disse, ontem, quinta-feira, 26, durante apresentação no Congresso Brasileiro de Mineração, que o projeto Carnalita, no Sergipe, quando estiver operando, entregará potássio a custos competitivos. O projeto será a maior unidade de extração de potássio no Brasil, com uma capacidade prevista para 1,2 milhão de toneladas ao ano.
O diretor da Vale destacou que o projeto Carnalita deverá entrar em operação depois que a mina em que a mineradora já produz no Sergipe, a Taquari-Vassouras, chegar à exaustão. Nesta mina, que já está produzindo há cerca de 30 anos, a Vale extrai anualmente 700 mil toneladas.
O executivo disse que o projeto de Bayovar, no Peru, que hoje possui uma capacidade de 3,9 milhões de toneladas de rocha fosfática, também é um dos focos de investimento da companhia. Segundo o executivo, a capacidade dessa mina será ampliada para 5,8 milhões de toneladas anuais.
Sobre o projeto canadense de Kronau, de potássio, o executivo disse que, apesar de ele estar em uma fase menos avançada, também é foco da companhia.
Carnalita
No ano passado, a Vale havia informado que decidira adiar esse projeto. Mas segundo fontes próximas à empresa, a Vale deseja agora acelerar Kronau e o projeto Carnalita, depois que o projeto Rio Colorado de potássio, na Argentina, foi suspenso pela companhia. Depois que o projeto Rio Colorado da Vale, na Argentina, foi suspenso, a mineradora brasileira já trabalha para acelerar seus outros dois projetos de potássio: o canadense Kronau e o Carnalita, do Sergipe.
"Agora estamos reavaliando nosso portfólio porque vemos que potássio é algo muito importante para o Brasil", disse o diretor executivo de Fertilizantes e Carvão da Vale, Roger Downey, em conversa com jornalistas.
Questionado sobre se a Vale aceleraria esses projetos, o executivo disse que a empresa "já está acelerando". "Estamos trabalhando o mais rápido possível para levar esses projetos ao conselho", disse o executivo. O programa de investimentos da Vale, que é apresentado anualmente, só contabiliza os projetos que já possuem aval de seu conselho de administração.
"Se o conselho achar que é um bom projeto nós teremos um cronograma", disse. Segundo Downey, o projeto Carnalita já está em uma fase avançada de engenharia básica, enquanto Kronau está em uma fase mais incipiente. "Nós temos alternativas, temos opções. Temos que olhar para o nosso portfólio, olhar apara os nossos projetos e ver as oportunidades que temos", destacou.
Fonte:FERNANDA GUIMARÃES, ENVIADA ESPECIAL - Agencia Estado
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