A Caterpillar, maior fabricante mundial de máquinas de terraplenagem, em receitas, rejeitou as dúvidas sobre a economia mundial, dizendo esperar que suas vendas aumentem em até 20%, no próximo ano, à medida que surgir uma recuperação dos Estados Unidos e do Japão.
A empresa - componente do índice Dow Jones e termômetro da atividade industrial - fez a projeção na segunda-feira, ao reportar um lucro trimestral recorde e um lucro nos três meses até o fim de setembro, e disse que seus resultados para o ano inteiro ficarão no topo de sua última faixa de perspectivas ao mercado.
"Somos alvo de questionamentos quase diários - tanto de nossos próprios funcionários como de pessoas externas à companhia -, dizendo: 'a situação parece uma repetição de 2008", disse Doug Oberhelman, presidente-executivo da Caterpillar.
"Embora pareça, sim, 2008, em alguns casos - em um nível macro específico à situação do setor bancário europeu - tem pouca semelhança, internamente, desta vez, com meados de 2008".
Essa visão é compartilhada por Sandy Cutler, executivo-chefe da Eaton, fabricante de equipamentos e componentes industriais que, na segunda-feira, também reportou lucros trimestrais. "Não enxergamos uma alteração substancial nos níveis de nossa demanda, neste momento", disse ele, dizendo que espera "crescimento, ainda, mas um crescimento mais lento".
A Caterpillar disse que a recuperação nas economias americana e japonesa ganharão ritmo no ano que vem, com os EUA crescendo a 2,5% e o Japão a 4%. Ele disse que acreditar que as economias da região da Ásia e do Pacífico cresçam 7%, que a África, o Oriente Médio e a Europa Oriental cresçam 5,5% e que a América Latina cresça 4%.
Apesar de seu otimismo, a companhia disse estar preocupada com os riscos políticos no mundo desenvolvido. "As políticas econômicas dos países desenvolvidos não estão à altura da tarefa de garantir um crescimento econômico sustentado mais forte", observou o executivo.
"Os governos têm muitas vezes se envolvido em brigas sobre orçamentos públicos que minam a confiança e os bancos centrais têm, muitas vezes, superestimado o estímulo proporcionado por suas políticas".
Fonte: Valor Econômico/ Hal Weitzman e Lemer Jeremy | Financial Times, de Chicago e de Nova York
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