Acostumado com o risco inerente ao setor agrícola e já às vésperas de o Brasil iniciar o plantio da próxima safra de grãos (2018/19), o produtor rural ainda terá que conviver com pelo menos dois grandes desafios no cenário macroeconômico, que podem impactar o mercado de grãos: as eleições presidenciais de outubro, que geralmente trazem volatilidade ao mercado; e a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China que no curto prazo até vem favorecendo as exportações brasileiras de soja – carro-chefe do agronegócio no país – mas podem pressionar as cotações dos seus derivados como farelo e óleo de soja a médio e longo prazos.
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A valorização do dólar americano frente a várias moedas, inclusive o real, também gera um ponto de interrogação para a cadeia produtiva dos grãos. Para João Santucci, analista de macroeconomia e soft commodities da consultoria ED&F Man Capital Markets, ao mesmo tempo em que favorece uma posição exportadora, a tendência de o dólar seguir em patamar elevado também se traduz numa alta de custos para insumos como fertilizantes e defensivos, que são importados pelo Brasil e cotados na moeda americana.
Fonte: Bloomberg News