RIO - A Chevron rebateu, em nota, a afirmação feita pela diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, de que não atuou de acordo com as melhores práticas da indústria na ocasião do vazamento de óleo no campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro.
“A Chevron Brasil está confiante de que sempre atuou de forma diligente e apropriada, de acordo com as melhores práticas da indústria do petróleo, assim como em conformidade com o Plano de Desenvolvimento aprovado pela agência reguladora”, frisou a companhia em nota.
Para a Chevron, a resposta da empresa ao incidente foi implementada seguindo a lei, os padrões da indústria e em tempo hábil. A companhia garante ainda que o plano de emergência foi executado conforme as leis e os padrões da indústria, terminando em uma “exitosa” operação para selagem e abandono do poço.
“Estamos trabalhando com a ANP em relação a todas as questões referentes ao Campo Frade, incluindo o retorno à produção”, reiterou a companhia.
A petroleira também destacou que perfurou mais de 62 poços em Frade e realizou 19 perfurações que chegaram até o reservatório N560 com a aprovação completa das agências regulatórias. “As melhores práticas foram utilizadas na modelagem do subsolo para estimar a geologia e a pressão. O modelo adotado para o planejamento do poço foi totalmente calibrado de acordo com todos os dados disponíveis”, frisa nota da companhia.
A empresa também afirmou ter utilizado corretamente os dados dos poços perfurados no campo para estabelecer os parâmetros para a modelagem do poço, e ressaltou que os dados não indicaram que uma pressão menor deveria ter sido considerada.
A empresa também rebateu algumas afirmações contidas em um comunicado da ANP e garantiu que a previsão da margem de pressão no reservatório, o modelo do poço e o peso da lama, empregados no poço, cumpriram ou excederam os padrões praticados pela indústria. E afirmou que o assentamento da sapata numa profundidade de 600 metros, utilizado em Frade, é consistente com outros desenvolvimentos de poços na Bacia de Campos e foi aprovado pela própria ANP.
Fonte: Valor / Rafael Rosas
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