A Delegação da Câmara de Promoção de Ciência e Finanças de Shangai, que deixará Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (20), acenou que está disposta a investir para resolver o problema de logística que atravanca o escoamento da produção rural em Mato Grosso do Sul. A proposta foi discutida em reunião na sede do Sindicato e Organização das Cooperativas do Brasil em MS – OCB entre os vice-diretores da Câmara de Shangai, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – Famasul, e representantes das cooperativas rurais do Estado.
O vice-diretor chinês Gu Jing ressaltou que Mato Grosso do Sul tem um enorme volume de produção e recursos naturais, que no entanto, não chegam até o mercado chinês. “Acreditamos que o caminho seria investir em soluções de logística que possam otimizar o escoamento dos produtos até a China”, afirmou.
O vice-presidente da Famasul, Eduardo Riedel, afirmou que o problema de logística do Estado pode ser facilmente resolvido desde que tenha investimentos e canais de negociação permanentes entre Mato Grosso do Sul e China. “Nosso grande desafio é estreitar esses laços de confiança e fazer acontecer concretamente as negociações”, declara Riedel.
O consultor de agronegócios, João Pedro Guthi, que acompanhou a reunião na OCB, explica que a localização do Estado, longe dos principais portos como o de Santos (SP), onde são escoados soja (grãos e bagaço) e carne bovina, ou o de Paranaguá (PR), porta de saída para grãos, óleos de soja, além de milho em grãos e pedaços e miudezas de galinhas. De acordo com o consultor, a solução seria a construção de ferrovias e hidrovias que facilitem e agilizem o escoamento para os portos do Brasil.
“A China possui tecnologia de transportes modernos, como ferrovias de alta velocidade”, explicou Guo Maoqiang, vice-diretor de negócios da Câmara de Shangai, que evitou falar em valores de investimentos, mas garantiu que tecnologia é de baixo custo.
Negócios
Durante a reunião as cooperativas rurais apresentaram seus produtos e a capacidade de produção de cada uma. Representantes de associações e cooperativas como a Associação dos produtores de soja de MS (Aprosoja), Cooperativa Agrícola sul-mato-grossense (Copasul), Cooperativa de Agronegócios de São Gabriel do Oeste (Cooperoeste) e Cooperativa Agroindustrial do Centro Oeste do Brasil (Coabra), esperavam um sinal mais “palpável” dos asiáticos, porém não houve propostas concretas.(Fonte: Agora MS)
PUBLICIDADE