BRASÍLIA - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, defendeu nesta terça-feira que a corrente de comércio bilateral entre Brasil e China chegue a US$ 100 bilhões após afirmar a expectativa por um reforço na cooperação da capacidade produtiva entre os dois países e de ampliação do comércio bilateral, elevando a qualidade desse intercâmbio. A declaração foi dada ao lado da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto após assinatura de acordos bilaterais.
“Gostaríamos de cooperar para reduzir custo de infraestrutura no Brasil e gerar empregos locais”, disse o primeiro-ministro, afirmando também a necessidade de equipamentos para os investimentos em infraestrutura promovidos pelos dois países e a garantia de que empresas chinesas exportem máquinas e equipamentos para o Brasil. “Estamos dispostos a importar produtos agropecuários brasileiros de boa qualidade”, acrescentou.
Li Keqiang também mencionou em seu discurso o fundo para cooperação em capacidade produtiva e de apoio a financiamentos e afirmou que o país vai ser importador de longo prazo de recursos minerais do Brasil. O primeiro-ministro afirmou que o país encoraja os bancos chineses a procurar correspondentes no Brasil. “Nossa cooperação financeira vai ajudar a proteger a estabilidade do mercado financeiro de países emergentes”, disse.
O representante chinês afirmou ainda o compromisso de intensificar a cooperação não apenas nas áreas econômica e comercial como também pela estabilidade mundial. "Vamos reforçar nossa cooperação na reforma da ONU", disse.
(Fonte: Valor Econômico/Lucas Marchesini e Bruno Peres)
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