SÃO PAULO - O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior, defendeu que o Brasil faça mais acordos comerciais bilaterais, independentemente das negociações no âmbito do Mercosul, para ampliar os mercados para o agronegócio brasileiro. O dirigente manifestou sua posição em reunião com o secretário de Comércio Exterior da Bélgica, Pieter de Crem, ontem em Brasília, ao avaliar as discussões em torno do acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia, destino de 22% das exportações brasileiras do setor.
“Hoje o Mercosul é um impedimento para o acordo”, disse João Martins. O presidente da CNA defendeu, também, um sistema de defesa sanitária cada vez mais forte para atender às exigências do mercado internacional, e destacou o esforço do governo brasileiro para garantir a qualidade dos produtos brasileiros. Uma das medidas nesse sentido é a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), banco de dados sobre a movimentação e a comercialização de animais de corte em geral em território nacional.
A balança comercial do agronegócio entre Brasil e Bélgica, onde se localiza o porto de Antuérpia, teve, em 2014, superávit de US$ 1,91 bilhão favorável aos brasileiros. Os embarques renderam US$ 2,11 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 200 mil. Os principais produtos que entram na Europa via Bélgica são sucos, café, fumo e derivados, produtos florestais e carnes.
Fonte: Valor Econômico
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