A Confederação Nacional da Indústria (CNI) melhorou sua previsão para o crescimento da atividade, mas ainda projeta retração em relação a 2010. A expectativa para a inflação foi mantida e a de investimentos, novamente reduzida. Segundo dados divulgados ontem pela instituição, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,8% em 2011, o que representa ligeiro avanço em relação à projeção de 3,5% divulgada em abril.
A revisão da CNI manteve em 6% a expectativa para a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa de aumento para os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, saiu de 9% para 8,5%. Essa taxa correspondeu a 21,9% em 2010. Segundo a CNI, o PIB industrial deve crescer 3,2% neste ano. A previsão antecedente era de 2,8%.
O saldo comercial é esperado em US$ 20 bilhões, número igual à estimativa anterior. As exportações, para a entidade, devem somar US$ 250 bilhões e as importações, US$ 230 bilhões. A CNI piorou a expectativa para o saldo na conta corrente externa, cujo déficit aumentou de US$ 57 bilhões para US$ 61 bilhões. Para a taxa nominal de câmbio, a CNI aponta R$ 1,56 ao fim de 2011, ante R$ 1,63 esperado anteriormente.
O setor industrial prevê uma taxa média nominal de juros em 12,07%, ante 12,13% aguardados antes. Para o fim do ano, o juro esperado é de 12,50%, sendo que a taxa real de juros (deflacionada pelo IPCA) é projetada em torno de 5,2% no ano. A CNI calcula um superávit primário de 2,7% do PIB, um déficit nominal de 3,2% do PIB e a dívida pública líquida caindo para 39,5% do PIB, depois de fechar 2010 em 40,2% do PIB.
Fonte: Valor Econômico/Arícia Martins | De São Paulo
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