Manaus - Lojas especializadas na venda de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) comemoram o aumento nas vendas entre 14% e 60% em um ano, de outubro do ano passado para cá. Entre as razões para o desempenho estão o avanço da construção civil e do polo naval no Amazonas, além do aumento das fiscalizações, afirmam representantes do segmento. E o avanço poderia ser ainda maior se não fosse a crise na indústria, que se prepara para as férias coletivas e as reduções na produção no fim de ano.
Os EPIs são dispositivos de uso individual, como luvas, capacetes, óculos, botas e cintos, que protegem a integridade física durante o trabalho. O sócio da Mega ACS, Cláudio Figueiredo, afirma que a queda de produção nas fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), principalmente no polo de Duas Rodas, diminuiu o faturamento das empresas de EPI, que precisaram buscar outros setores para manter o crescimento.
“Com a crise na indústria, que se arrasta desde 2008, fomos obrigados a partir para a construção civil e, em seguida, para o polo naval”, disse o sócio da Mega ACS, Cláudio Figueiredo. Com a entrada em outros nichos, a loja teve um aumento de 30% no faturamento em um ano.
“O polo naval tem sustentado as vendas dos EPIs em função de uma lei que obriga os estaleiros a deixar de produzir cascos de madeiras e fazer as embarcações de metal. Segundo ele, com a mudança, os estaleiros foram obrigados a investir em equipamentos de proteção para a solda, como óculos, luvas e máscaras. “As balsas petroleiras também passaram a ter casco duplo”, disse.
O gerente de vendas da Agropisco, Nonato Silva, diz que, este mês, o estabelecimento conseguiu aumentar em 60% as vendas de EPIs. “Até agosto, estava um índice de 30%, mas redobramos nossa capacidade de venda de máquinas de solo e já agregamos os EPIs”.
Naval e petróleo
Para ampliar as vendas, a SB Borracha colocou um vendedor exclusivo para atender clientes do polo naval e vai investir no setor de petróleo e gás. “Nosso carro chefe são produtos geosintéticos, para portos e orlas fluviais”, diz o sócio da loja, Sadoch Cavalcante.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Cícero Custódio, explicou que parte das fiscalizações do Ministério Público e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram motivadas por denúncias do sindicato e dos trabalhadores. “O incremento na venda dos EPIs poderia ser maior, já que muitos equipamentos vêm de fora do Estado”, disse.
Fonte: Felipe Carvalho . portal@d24am.com
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