SÃO PAULO - A Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso (CDSV/MT) aprovou no início desta semana uma proposta de ampliação do vazio sanitário para a soja no Estado, conforme comunicado divulgado há pouco pela Aprosoja-MT, associação que representa os produtores de grãos locais. A nova data sugerida vai de 15 de abril a 15 de setembro, embora ainda necessite de regulamentação por parte do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) para entrar em vigor. Atualmente, o período vai de 15 de junho a 15 de setembro.
A Aprosoja-MT participou da reunião, mas discorda da data sugerida pela CDSV. A associação destaca que o problema central é a perda de eficiência dos produtos fitossanitários em geral, e por isso a solução deveria ser outra.
“Estamos discutindo um problema presente em 130 mil hectares [a soja safrinha], deixando de priorizar uma situação crítica existente em 9 milhões de hectares. Não é aumentando o vazio sanitário que se resolve o problema com o manejo de princípios ativos de fungicidas, por exemplo”, disse o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk, na nota.
O vazio sanitário consiste na eliminação de plantas vivas de soja e na proibição do cultivo da oleaginosa por um determinado período (atualmente, de 90 dias), para evitar que o fungo causador da ferrugem asiática se multiplique no fim da entressafra. Além de Mato Grosso, outros 10 Estados e o Distrito Federal adotam a medida.
Fonte: Valor Econômico/Mariana Caetano
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