Responsável pela condução do maior empreendimento industrial já instalado no Ceará, o presidente da (Companhia Siderúrgica do Pecém CSP), Sérgio Leite, visitou semana passada as obras da Transposição do Rio São Francisco, em Jati, e considerou o projeto como motivo de muita esperança do setor industrial para "um curto e médio prazo".
No entanto, apontou a necessidade de prover mais de uma fonte de abastecimento na formação de um consumo sustentável de água. A seca gera fuga de investimentos na fruticultura do CE, portanto a indústria defende água na matriz de prioridades e estuda a exploração subterrânea como reforço.
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"Água sustentável não significa água de um lugar só, mas é um projeto. Temos que ver todas as fontes e todas as alternativas, inclusive essa, que é a mais próxima", afirmou, referindo-se também ao projeto já anunciado pela siderúrgica de recorrer à dessalinização da água do mar para o uso na produção. Até agora, a CSP contou com abastecimento de água direcionada pela Companhia de Gestão dos Recurso Hídricos (Cogerh), ele observa que "pensar em água e o uso sustentável é uma responsabilidade do empresário, e a chegada das águas do São Francisco já dá um conforto".
Operação em junho
Com investimento total contabilizado em US$ 4,86 bilhões, a CSP deve ter um incremento no PIB cearense de 12% e deve iniciar a produção de placas de aço já em junho, conforme informou Leite. Resultado de uma joint venture formada pela brasileira Vale (50%0 e as sul-coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%), o empreendimento conta com 22 plantas, sendo seis principais e 16 auxiliares. (AOL)
Fonte: Diário do Nordeste (CE)