O cenário reflete a melhora da previsão nas economias desenvolvidas, assim como um forte consumo nos países emergentes
A demanda mundial por aço deve atingir 1,34 bilhão de toneladas em 2011, o que representa alta de 5,3%, segundo previsão da Associação Mundial do Aço divulgada ontem (4/10).
Para este ano, a demanda de aço deve totalizar 1,272 bilhão de toneladas, alta de 13,1% ante 2009.
O valor também supera o recorde de 1,222 bilhão de toneladas atingido antes da crise mundial, em 2007. No ano passado, a demanda do material teve contração de 6,6%.
Segundo a entidade, o cenário reflete a melhora da previsão da demanda nas economias desenvolvidas, assim como um forte consumo nos países emergentes.
"Isso sugere uma recuperação segura e estável do aço, e nossa atual previsão não vê riscos de uma nova recessão, como temido por alguns", comentou em nota oficial Daniel Novegil, presidente do comitê econômico da associação.
Regiões
A demanda chinesa por aço deve encerrar o ano com alta de 6,7%, ou 579 milhões de toneladas. Ao contrário do cenário mundial, o país registrou forte crescimento no uso de aço em 2009, com alta de 24,8%.
De acordo com a entidade, a desaceleração é vista como resultado dos esforços do governo chinês de controlar o crescimento de sua economia. Para 2011, a previsão é de alta de apenas 3,5%.
Na Índia, o crescimento deve atingir 8,2% em 2010, e 13,6% em 2011, atingindo 68 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a perspectiva é de alta de 32,8% este ano, e de 9,4% em 2011. Segundo as previsões, com essas duas altas consecutivas a demanda de aço deve atingir 86,1 milhões de toneladas, apenas 80% do nível pré-crise de 2007.
Já na América do Sul e Central, a demanda deve finalizar 2011 com alta de 9,1%, totalizando 47,6 milhões de toneladas, 14% acima do nível de 2007. A alta da região é puxada pelo crescimento brasileiro, sendo que a demanda do país deve crescer 34,6% em 2010.
Fonte: Brasil Econômico/Felipe Peroni
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