Indicador calculado pelo Ipea aponta alta de 12% na demanda por bens de consumo duráveis
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou crescimento de 5,8% no mês de setembro frente a agosto, segundo os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada nesta quinta-feira (5). O resultado do trimestre móvel encerrado em setembro também avançou (14,4%). Na comparação com setembro de 2019, o indicador que mede a demanda interna por bens industriais – por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações – apresentou retração de 0,5%.
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Tanto a produção nacional quanto a importação de bens industriais tiveram crescimento em setembro – 5,9% e 1,7%, respectivamente. Na análise das grandes categorias econômicas, o bom desempenho foi generalizado. O destaque positivo ficou por conta da demanda por bens de consumo duráveis, que cresceu 12%, enquanto bens semi e não duráveis registraram alta de 10,7%. O consumo aparente da indústria geral avançou 5,8% no mês, mas, enquanto a indústria de transformação teve resultado positivo de 6,3%, a indústria extrativa mineral recuou 3,2%.
No que diz respeito aos setores produtivos com peso relevante, 21 dos 22 segmentos analisados apresentaram melhora, entre eles os de veículos e vestuário, com altas de 17,1% e 13,6%, respectivamente. Já na comparação com setembro de 2019, 11 segmentos cresceram, com destaque para os produtos não metálicos (9,6%) e para os produtos de metal (8,2%).
No acumulado de 12 meses até setembro, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais apresentou queda de 6,3%, enquanto a produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) caiu 5,5%.