O mercado de distribuição de aços planos no país teve ligeira reação em julho em relação a junho. No entanto, as vendas das empresas do setor tiveram retração de 6,9% na comparação com um ano atrás, informou ontem o Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda). O volume comercializado alcançou 360 mil toneladas, ante 387 mil no mesmo mês do ano passado.
Segundo os números do Inda, ao se comparar com junho, mês da Copa do Mundo e de paralisação de diversas atividades industriais, como montadoras de automóveis, verificou-se uma leve reação. As vendas cresceram 12,2%.
No acumulado do ano, até julho, conforme o Inda, a comercialização ainda mostra resultado positivo de 1,9% sobre igual período de 2013. No total, as vendas alcançaram 2,58 milhões de toneladas. A entidade revisou para 1% as projeções de venda neste ano, inicialmente estimadas em 4%.
Com a economia desaquecida, a reposição de estoques da rede em julho recuou 10,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado, para 370 mil toneladas. No entanto, comparado com junho, houve crescimento de 23,5%.
Os estoques, um dos termômetros da saúde financeira da rede, fechou julho em queda de 5,1% na base de comparação anual, em 1,073 milhão de toneladas. O volume corresponde a três meses de vendas - melhora sobre os 3,3 meses de junho, mas ainda acima da zona de conforto: 2,5 a 2,8 meses.
Para agosto, as distribuidoras mostram cautela diante da retração industrial. Elas preveem vendas e compras no mesmo patamar de julho. Os fabricantes aços planos no país são Usiminas, CSN e os grupos ArcelorMittal e Gerdau.
O Inda informou, conforme dados do governo, que a importação de aço plano no país se mantém em alta. Em julho houve expansão de 14,5% frente ao mesmo mês de 2013, com desembarque de 210,5 mil toneladas. De janeiro a julho, totalizou 1,17 milhão de toneladas, alta de 45%.
O principal exportador em julho foi a China, que respondeu por 80% dos despachos, seguida por Coreia do Sul, Rússia e Ucrânia. No ano, a participação chinesa beira 70% do material que desembarca nos portos brasileiros.
Na avaliação de executivos do setor, o câmbio do país, na faixa de R$ 2,25, e os baixos preços do aço praticados por exportadores chineses favorecem a entrada de material. Em julho, a participação do aço importado no consumo aparente foi de 20,8%, conforme o Inda. No ano, alcança 16,2%.
Fonte: Valor Econômico/Ivo Ribeiro | De São Paulo
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