O presidente do European Investment Bank (EIB), Werner Hoyer, afirmou hoje que o banco decidiu parar de financiar projetos de energia a partir de combustível fóssil. “Decidimos colocar o clima em tudo o que fazemos. Vamos parar de financiar energia produzida por combustíveis fósseis, incluindo gás natural, e vamos ser o primeiro banco multilateral a ser totalmente alinhado com o Acordo de Paris, até o final do ano”, disse.
Para acelerar a transição verde, Hoyer falou em ampliar investimentos em clima, ambiente e tecnologia verde para ter 50% dos investimentos em 2025 nestas áreas, e mobilizar investimentos de mais de US$ 1,3 trilhão em 2030. O anúncio foi feito durante a participação do executivo na Cúpula da Ambição Climática da Organização das Nações Unidas (ONU), neste sábado.
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Durante o evento online, o presidente do Banco Mundial, Dalvid Malpass, reafirmou o anúncio feito na última quarta-feira, de que o banco deve ampliar os investimentos relacionados ao clima para 35% nos próximos cinco anos. A meta anterior era de 28% até 2020.
Nos últimos cinco anos, o grupo chegou a US$ 83 bilhões em investimentos relacionados ao clima, o equivalente a 26% do comprometimento. "No ano passado, fizemos o maior investimento na área climática da nossa história e, nos próximos cinco anos, pretendemos avançar ainda mais, a 35% em todo o grupo".
Malpass afirmou ainda que o Banco Mundial irá trabalhar para estimular e monitorar a redução de emissões de gases-carbono. "Vamos apoiar o acordo de Paris por meio do apoio aos países em desenvolvimento para que alcancem suas metas de redução de dependência de carvão e de transição para economias de baixo carbono", afirmou. "Não podemos ter êxito em ajudar os países a reduzir a pobreza sem tratar do desafio das mudanças climáticas".
Kristalina Georgineva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou que 2021 será um ano decisivo para a ação no que diz respeito às mudanças climáticas. Segundo ela, não mitigar o aquecimento global pode custar de 10% a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial até o fim do século, com impacto mais severo sobre os países mais vulneráveis. "A políticas corretas podem pavimentar o caminho para zerarmos as emissões até 2050".
Fonte: Valor